27.10.05

Uma Última Carta Pra Você


Existem momentos que tomamos como caminho os sonhos que nós vivemos; sonhos esses que, mais do que rumos, tornam-se metas para se encontrar a felicidade. E, nesses momentos, nos tornamos seres frágeis e carentes, uma vez que não há retorno nesses sonhos vividos, principalmente numa relação a dois, onde o sonho tem uma única pessoa defensora.

Existem momentos que perdemos o controle de nossos pensamentos, de nosso rumo, e perdemos também o controle dos nossos sonhos, os tornando canal único de felicidade condicionada a outrem. Nesses momentos, perdemos inclusive a nossa razão, e agimos com o sentimento e a raiva que repentinamente invadem nosso coração.

Existem momentos em que, quando perdemos nosso autocontrole, precisamos de um período de “transição” para nos reencontrarmos. A vida, que outrora foi boa e, posteriormente, má, carece de um tempo de readaptação de sonhos, pensamentos e, principalmente, sentimentos. Nesses momentos, temos variações bruscas de gestos, atitudes, humor... Que podem ser sanados pelo controle adquirido.

E, finalmente, existe o tão esperado momento em que nos reencontramos para a vida real. Quando reconhecemos tudo que fizemos, e descobrimos que fomos capazes de passar por tudo sem perder a noção da verdade e da alegria. Quando reerguemos a bandeira do amor-próprio e seguimos novamente os nossos sonhos, embasados pela experiência vivida anteriormente.

Assim me descobri ontem, perdido em meus devaneios, quando pus o pé na minha tão singela e humilde casinha. Descobri que vivi, em apenas um ano, um verdadeiro calhamaço de sensações, emoções, dores, alegrias e condições que me fez vivo. Descobri que muito que havia em meu coração era ilusão formada pelos meus próprios sonhos mortos, e que o crescimento adquirido conseguiu suplantar tudo isso. Descobri que alcancei um patamar de maturidade que me permite passar adiante sobre determinados atos, sem medos, sem temores. Descobri que é finalizei a minha graduação como homem adulto. E só consegui isso por causa de você, pequena.

Poucas pessoas sabem realmente como foi difícil chegar até esse ponto. Passei pela maior dor, pelo maior sofrimento que alguém já viveu. Cresci como homem, como amor, como coração e como espírito. Cheguei novamente ao meu lugar, e redescobri a alegria de estar vivo.

Primeiramente, quero agradecer a Deus por tudo isso. Por ter me proporcionado esse crescimento e essa alegria que, ao que parece, não é passageira como as anteriores. Agradeço por restabelecer meu equilíbrio mental, por estabilizar meu coração tão amassado, por reabrir meus olhos cortados pelas lágrimas de sangue. A Ele eu dedico todas as mudanças benéficas na minha vida. Obrigado, Senhor.

Também quero agradecer a você, pequena, por ter sido instrumento de Deus para meu crescimento espiritual e sentimental. Seus ensinamentos, suas atitudes, e mesmo seus sorrisos e suas indiferenças foram fundamentais para que eu alcançasse esse patamar. Essa paz de espírito que faz oito meses que acreditara estar perdida. E me desculpe pela brincadeira de ontem. Por favor.

Também agradeço a todas as pessoas que foram como alicerce para mim, me abastecendo de carinho, de amizade, de compreensão e de uma incondicional atenção. Sem a força que todos vocês passaram pra mim, não teria me reencontrado. Não ouso citar nomes, pois foram muitas pessoas, e certamente me esqueceria de falar o nome de algumas. Mas não temo generalizar, todos que me ajudaram têm seu espaço dentro do meu coração.

Agora é o começo de um novo ciclo de minha vida, sem novas mudanças, sem novos sofrimentos. Um ciclo perfeito, definido, onde a única obrigação que tenho é de viver da forma mais correta possível, e quem sabe assim encontrar um novo amor, um amor recíproco, um carinho incondicional, sincero... Um verdadeiro poço de verdadeiros sentimentos de bem querer. Tudo aquilo que eu sempre quis ter, mas que nunca fui contemplado. Quem sabe Jesus não me surpreende com essa bênção? Acho que, depois de tanta pancada na vida, mereço ao menos viver um amor verdadeiro. E sei que eu terei, se fizer por merecer.

Um novo caminho... Este mesmo caminho, que parecia tão distante, hoje se revela em minha frente, pronto para ser percorrido. Caminho que, se não tivesse vivido o que vivi antes, jamais encontraria. E que, desta vez, não fugirei, como os demais caminhos que percorri.

O que lhe dizer, minha pequena? Muito obrigado por entrar na minha vida, por ter jogado tudo pro alto, por ter percorrido meu coração com um arado afiado, rasgando o meu chão, e com uma foice que rasgou as paredes do meu sentimento e do meu equivocado medo de um compromisso a dois. Obrigado por ter me obrigado a amadurecer como homem, trazendo a verdade da minha vida, a força que deixara eu escondido em meu coração... E que eu havia esquecido que existia. Obrigado mesmo.

Sobre o amor? Não sei se isso existe. Se existe, eu o vivi contigo. Mas não creio mais que exista amor. O que existe é o momento de amar, o sentimento momentâneo, aquele que pode ir embora a qualquer instante. Aquele que você, por alguns dias, viveu por mim, antes de perde-lo por completo. Na verdade, por mais que eu busque um amor, sei que este é utópico, que mesmo quando existente é desacreditado pelas pessoas. Mas, se eu vivi um amor, foi por ti, pequena. Por mais ninguém.

Como conselho, peço que se valorize mais, que policie seus atos, suas brincadeiras, suas palavras e toda e qualquer coisa que seja abusiva, rebaixando-a e vulgarizando-a perante as pessoas que se importam contigo. Que seja firme em suas decisões, que ponha o Senhor diante de todas a s suas decisões, e que escolha de forma correta suas amizades. Porém, como disseste antes, esse é um conselho, e você só precisa segui-lo se assim julgar procedente.

A verdade é que você me fez bem, mesmo quando me fez mal. Tudo bem, você é a minha melhor lembrança do Alto Valor, assim como a pior lembrança desta célula, pela dor que eu vivi. Contudo, surpresa! Abro mão dos sentimentos tristes, e carrego comigo agora apenas as boas lembranças, principalmente as de novembro e da primeira metade de dezembro de 2004. hoje vejo que temos uma discreta, porém sincera amizade, e tão saudável como jamais deveria deixar de ter sido. E que não deixará de ser agora.

Pedirei para Deus que você possa encontrar a felicidade, a definição, a estabilidade e o amor que busca, junto da pessoa que escolheu, e que possa ser lição e exemplo de vitória no amor. Que seu sorriso se propague pelos quatros cantos do planeta, e que possa contaminar outros corações enamorados, fazendo-os sorrir também. Que tenha filhos fortes saudáveis e felizes, que você e seu marido sejam rocha na Casa do Senhor, que possam dar bom tratamento, amor e, principalmente, carinho, zelo e atenção para eles. Que os dias de suas vidas sejam fartos, e que vocês possam viver tal amor até o último expirar de suas carnes.

E eu? Viverei minha vida, seguirei meu novo caminho, nesta nova chance de felicidade que Deus pôs na minha existência, e farei o possível para não cometer os mesmos erros que cometi antes. Seguirei adiante, para os braços de Deus, junto com o sorriso que outrora perdera, e com os sonhos que haviam abandonado-me. Olhando para trás, e sorrindo ainda mais quando ver que você está infinitamente feliz. E, por fim, olhando pra frente, e sorrindo novamente por causa do abençoado porvir que Deus preparou para mim, e que finalmente estou pronto para tomar posse dele.

Lembre-se: essa carta não é um adeus, pequena.

É apenas um agradecimento e uma consideração final. A amizade continua!

Afinal, já te saturei muito com minhas palavras, e é justo descansa-la de mim.

Concorda?

Então, guarde apenas isso: TE ADORO!!!

Bruno Freitas Martins Costa

14.9.05

O Último vôo da Fênix

Por que é tão difícil tomar uma decisão? Por que é tão difícil deixar de fazer uma coisa que vê-se estar errada? Quero parar, mas falta-me coragem para fazer. Como vou conseguir mudar o meu jeito de ser? É justamente isso que estou buscando aprender.

Estou alçando um último vôo. A fênix, outrora bela e imponente, hoje não passa de uma ave frágil e depenada. Deixo expandir minhas últimas chamas, e alço vôo, tal qual um frango pelado tentando voar. Mas consegui alçar vôo. O último vôo da fênix.

Nesta minha última jornada, abrirei mão dos meus conceitos, deixarei para trás os sonhos, e voarei em busca da minha felicidade pela última vez. Sem ilusões, sem temores... Só eu, Deus e o anjo da morte. Um dos dois há de me abençoar ao fim da jornada.

Bem, se tenho que mudar, que seja definitivo. Não tenho condições de mudar outra vez. Estou cansado de ser mal compreendido, mal interpretado... Estou cansado de mim mesmo. Por isso esse vôo solo é quase kamikaze: Se não alcançar o meu destino, prefiro seguir sem rumo, até o fim dos meus dias. “Sem rumo” significa sem sonhos, sem anseios. Ou seja: Será uma viagem de ida sem volta. Ou a felicidade eterna, ou a solidão eterna. Comigo não existe meio-termo.

Ao me agarrar às minhas últimas esperanças, tomei tudo que tinha de bom, e obtive forças para voar. Tudo bem que é um vôo capenga, mas é o que posso fazer. Já estou cego, já estou surdo, já estou mudo, já estou morrendo... Voar já é um lucro. Não sei se terei forças para chegar ao meu destino, mas prefiro morrer tentando a nunca estar.

E, neste momento em que me agarro na fé, sinto Deus a me fortalecer um pouco mais, sinto forças para continuar voando, sinto estímulo para continuar mudando, nutro esperança de que tudo vai dar certo. Já não posso contar com ninguém, já que todos me deram as costas, por isso vai ser a minha última tentativa.

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Sim, foi difícil metaforizar meus sentimentos, de forma que todos compreendam. Afinal, a maior meta que um ser humano possui é reencontrar a própria felicidade. E, se nunca consegue, se nunca obtém, é porque algo precisa sem mudado. E eu vou mudar, na graça de Deus, na força que Ele me dá... Nas pessoas que Ele coloca na minha vida... E na certeza de que Ele sempre tem o melhor pra mim.

Vai ser difícil me afastar das pessoas. Mas é um preço que se paga. Só peço que Deus não me abandone, que Deus não deixe de querer o melhor pra mim.

6.9.05

Término


Um pergunta paira sobre minh’alma: Será que podia ser diferente? Falo isso não por tristeza, mas por incompreensão. Uma metáfora sangrenta sobre um coração dilacerado pelas peripécias ardilosas da vida ingrata e violenta. Parece uma dança mortal com navalhas afiadas, pouco a pouco despedaçando meu espírito e minhas esperanças na felicidade. Um poema de dor, morte e destruição. Essa é a minha vida. Isso se for possível utilizar tal substantivo.

No momento em que acontece um calhamaço de coisas, tantas que mesmo minhas idéias ficam distorcidas, vejo-me defronte um infinito de decisões a serem tomadas. Não sei o que fazer, e por isso temo fazer as coisas erradas outra vez. Não agüento mais ouvir as pessoas dizerem que estou exagerando meus relatos. Ora, eles não vivem a minha vida! Menos ainda as agruras do meu coração! Então, como é possível me entender, se nem sequer tentam?

Não consigo entender a humanidade. Não consigo entender meu espírito. Não consigo entender meu coração. Não consigo entender meu futuro. Sinto-me como o ser mais burro que existe, tamanha a minha incompetência em tais traduções de sentimentos e idéias. Será que essa é a minha história, e eu tenho que aceita-la do jeito que é? Será que não posso tentar corrigir os erros atuais, e construir um novo caminho?

Indefinição nos estudos, no trabalho... E pior ainda no lado do amor, que se tornou quase uma tragédia grega, tantas foram as desilusões e as lágrimas de sangue. Grande ode ao filho do desamor. Um réquiem em homenagem ao mais desafortunado dos românticos: Eu.

Já passei por tantas situações, já completei tantas missões... E ainda assim não sou capaz de compreender a mim mesmo. Na verdade, já compreendi, mas tantas coisas aconteceram que acabaram com minha consciência do que é certo e errado. Descobri que existe uma missão que jamais vou completar. E nada mais posso fazer. Não sou capaz de me fazer feliz. Não sozinho. Mas a minha vida se embasa na solidão. E, a cada mulher que passa na minha vida, sempre vejo o quanto sou frágil e preciso de carinho. Mas não. Vivo sozinho.

Tantos sonhos desfeitos... Tantos amores perdidos... Tanto mal foi feito ao meu espírito... E eu, impotente em todos os acontecimentos... Faltaram-me com a verdade... Faltaram-me com o carinho... Tudo que recebi até hoje foi doses de ilusão e pencas de dor. Eu tinha um sonho-mor, que era ser feliz, constituindo família, filhos, com uma mulher que me amasse. Bem desses sonhos antigos. Mas, quanto mais eu vivo, mais vejo esse sonho como utopia, mais vejo a solidão transpassando minh’alma. Metáforas de tristeza e fantasia dariam o tom exato da minha vida de hoje.

Já pensei em fugir. Já pensei em me suicidar. Já pensei em sumir. Já pensei em jogar tudo pro alto e viver uma nova vida. Mas não sou assim. Sou fraco, covarde, mentiroso com meus sentimentos. Não tenho a confiança de ninguém. Levo essa vida adiante mais pela necessidade de viver que a vontade de estar vivo.

Até hoje me pergunto por que as pessoas não acreditam no meu sentimento, nas minhas atitudes... Até hoje as pessoas deturpam meus atos, minhas palavras... Desprezam meus sentimentos... Subjugam meu coração... Ainda não fui capaz de compreender por que tudo isso acontece de forma voraz, a ponto de não me permitir mudar esses fatos.

Hoje sou filho do abandono, filho da descrença, filho do desamor, filho da tristeza, filho da apatia... Hoje sou filho desprezado pelas minhas próprias mães. Já cansei de ouvir pessoas dizendo me entender, e não conseguir comprovar isso. Já estou farto de palavras vazias, de sentimentos mentirosos, de conveniências estúpidas e nocivas. Já estou farto disso tudo.

Por causa disso tudo, tornei-me uma pessoa extremamente infeliz. Transmito sorrisos para as pessoas, para não afeta-las com minha tristeza. Hoje sou uma casca vazia, sem conteúdo. O que havia foi destruído covardemente pelas pessoas que já habitaram meus sentimentos. Eu não sei mais o que é verdade e o que é mentira. Prefiro fechar meus ouvidos e não escutar. Sinto um vazio tão infinito que mesmo eu às vezes me perco nele.

Por que roubaram meus sonhos? Por que roubaram minhas esperanças? Por que roubaram minha alegria? Por que roubaram meu amor? Por que roubaram a minha vida? Por que roubaram tudo que eu tinha, deixando apenas a certeza de que tudo terminou?

Meu pecado é estar vivo.

Hoje seria benção ver o Anjo Alado da Morte, com seu farfalhar de asas, ceifar a minha vida inútil com sua foice sagrada. Seria a carta de Deus para que eu pudesse ir logo para o Seu lado. Contudo, alguma coisa está errada, ainda estou vivo. Não só vivo, mas infeliz e decepcionado comigo mesmo. Poderia terminar agora com minha vida, mas aí não iria para os braços do Pai. Iria, sim, para o tridente do maligno. E não vou dar esse gostinho ao mal.

Mas esse mal está destruindo minhas concepções, meus ideais... Está se fartando com minha pseudo-vida. Fui desafiado para um duelo espiritual com o príncipe negro das trevas, com luva de fogo e espinhos em minha face. Um duelo definitivo, onde eu estou absolutamente sozinho. O maligno afastou todas as pessoas da minha vida. Estou sozinho, e desta vez não fui eu o culpado.

Perdi o brilho em meu olhar. O jeito das coisas. A vida foi injusta com o meu coração. Afinal, se eu não posso ser feliz, ao menos eu deveria ter paz, não é? Mas não é isso que acontece. Esses fantasmas continuam assombrando minha existência. Fico pedindo cada dia mais para mudar essa sorte, para que eu possa encontrar a paz... Mas não consigo.

Perdido em um mundo paralelo, um continente inexistente... Seria uma crise de autismo? Uma fuga desesperada, para um lugar ermo e dócil? Não sei. Já não tenho esperanças num final feliz para minha história. Meu destino (será que isso existe?) deve ser viver sozinho, fraco e infeliz, mas sem transparecer, para conseguir fortalecer os outros. Afinal, essa foi minha história por toda a vida: Levantar a moral das pessoas perdidas, e ser abandonado por elas depois. Fortalecer para ser esquecido. Ajudar para ser ignorado. Assim sempre foi, dar valor para receber em troca a mais profunda indiferença. E ser visto depois com olhares de desconfiança. Não dá pra ser feliz assim. Ninguém consegue.

É o término dos sonhos. Se é preciso me acostumar com a solidão, que possa seguir ao menos as verdades que assombram a minha vida. Se ainda há outras missões, que eu as cumpra logo. Não vou conseguir ser feliz mesmo, paciência. Ao menos termino com tudo que está pendente, e posso ser chamado pelo Deus altíssimo. Para os braços do único que me deu carinho, me confortou, me fortaleceu, me animou, me ajudou, me amou. Porque nenhuma mulher foi capaz de me amar, mas Ele nunca de desamparou.

Aqui jaz o amor. A derrota do amor, a vereda final desta longa jornada chamada sentimento. Não sei se vou conseguir aceitar o fato de nunca ser amado, mas ao menos preciso seguir em frente. Já me derrubaram muitas vezes, mas a Fênix sempre ressurge. E ela voará pelas florestas verdes, com suas asas de fogo, sem queimar sequer uma folha seca. Seguirá rumo a seu destino, sem medo do porvir.

Que o vazio de minh’alma seja o caminho da felicidade para os corações de quem amo.

3.9.05

Pequenas Palavras


Saudades dos tempos passados...

Das pessoas que não estão mais ao meu lado...

Dos sonhos que nutri...

Das risadas que dividi com outros...

Os sorrisos...

Os beijos...

Tanta coisa vem e passa...

O que será agora?

Veio os medos...

As dores...

As tristezas...

Estou com medo de recomeçar...

Ressabiado para amar...

Não quero mais sofrer...

Faz tanto tempo...

O que vai acontecer?

Talvez eu viva triste...

Talvez eu morra sozinho...

Talvez eu sorria no inconsciente...

Elucubrações de minha mente...

Estranho...

Tenho andado tão triste...

Mas as lágrimas voltaram a secar...

E eu não posso sequer chorar...

Por quê?

Porque esqueci o que é ser abraçado...

Não sei o que é a alegria...

Fugiu dos meus sonhos a felicidade...

E hoje vivo a realidade...

Que passa a perna na gente...

E se prende...

Parece não mais largar...

Agora estou vivo...

Mas sem esperança de amar.

27.8.05

Uma carta pra você


“Não faz muito tempo que tudo aconteceu, né? Os passos, os atos, as lembranças... As dores, as tristezas, as lágrimas... Os sorrisos, os carinhos, o amor... Ou mesmo qualquer coisa que se assemelhe a isso. Tudo aconteceu em um espaço tão curto de tempo... Foi uma vivência tão completa que posso afirmar que passamos por todas as fases de uma vida a dois.

Desde o começo, com uma simples amizade... Quando tudo que se buscava era a mão amiga, o ombro da consolação, o abraço que aquecia... Sim, você estava carente... Sozinha... Triste e sem saber o que esperar de seu futuro... Acreditava que havia nascido pra sofrer... E pude te provar que isso não era verdade.

Quando começamos a nos envolver... A confundir as coisas... Ou não, nunca saberemos... Quando um sorriso valia mais que tudo, quando um beijo vinha seguido de outro, e de outro... Quando a distância se tornou apenas nomenclatura, porque não havia espaçamentos entre nós... Estávamos sempre juntos, não importava o que fazíamos. Vivemos a maior felicidade que poderíamos viver.

A dor... Ah, aquela dor... Dói só de lembrar, sabia? A incompreensão, a indiferença, e o pior, aquele ódio que vivemos... Quando verti aquelas lágrimas ácidas de raiva, por não ser compreendido... E as lágrimas posteriores... Quando vi que eu também não havia entendido... Tanta dor, tanta tristeza... Hoje agradeço a Deus, porque tudo isso passou. Terminou junto com a destruição da minha vida.

E comecei do zero, após a desconstrução total da minha vida, passo a passo. Havia aquele arredio, aquele receio, afinal o medo de que tudo pudesse acontecer novamente pairava em nossas mentes, não é? Havia e ainda há, mas não da minha parte. Os olhos de Fênix me permitiram ver o que antes estava escuro. As chamas da verdade consumiram meu espírito, e o amadurecimento espiritual finalmente chegou. Desta vez cresci, cresci como jamais havia crescido. Tornei-me forte, embora um pouco mais triste. Entretanto, mesmo essa tristeza está sendo vencida com o tempo, e Deus tem me fortalecido como jamais havia pedido. E isso eu quero, e vou, dividir contigo.

Reaprendi a conviver contigo. Consegui ver em você a irmã que outrora pedia ajuda com palavras, a menina triste que me abraçava pela necessidade de sentir carinho, que ligava para mim pelo conforto que minha voz lhe passava. Consegui readquirir esse bem querer que havia pedido com as dores. E voltei a obter o meu domínio próprio. Aquele que você tanto pedira. Bem, sou eu de novo.

Vejo que hoje é você que não consegue me ver como um amigo, ou como um irmão. Ainda estou diante de seus olhos como o homem que um dia lhe disse que te ama. Não foi mentira: Eu realmente te amo. Mas você sabe que tipo de amor é esse. Aquele amor que gosta de ver a pessoa bem, ver a pessoa feliz. Aquele amor que está disposto a te ajudar em tudo, aquele amor que quer te fortalecer quando precisar. Aquele amor que não tem forma, não tem explicação, simplesmente é sentido, sem escolha. Afinal, não escolhemos a quem amar, não é? É um amor por amar, nada mais.

Além disso, você está acompanhada daquela pessoa que você acredita ser a certa, e eu quero que você seja feliz com quem você quer ao seu lado. Você sabe que não escondo isso. Quero ser apenas o seu melhor amigo. Nada além disso.

O futuro de Deus mostrará para a gente o que será de nós dois. Se vamos ser grandes irmãos, se vamos nos distanciar, se... Deixe isso tudo nas mãos do Senhor. O amanhã a Ele pertence. Viva o presente, pois o hoje é o alicerce do amanhã. É agora que construímos o nosso futuro. E o nosso futuro é sermos amigos. Se o mal nos afastou, Deus tratou de nos unir novamente. Por que temer? Te adoro. Você sabe. E não me tema: A Fênix renasceu. Assim como meu sorriso por ti. Te adoro!”

20.8.05

O grande vôo da Fênix

A busca pelo autoconhecimento. Todos os percalços que existem começam a crescer, a se multiplicar. As barreiras começam a parecer mais robustas, intransponíveis. Quanto mais eu oro, mais muralhas crescem perante mim. Estou sem chão. Parece que eu estou em um mundo etéreo, um limbo envolvente, um vazio constante. Velhas perguntas ecoam em minha mente: “quem sou eu?”, “por que existo?”, “por que sou assim?”... E, como se fossem flechas flamejantes, atiradas furiosamente por exímios arqueiros, traspassam impiedosamente meu coração, minha mente... E assim eu não sei quem sou.

A cada passo que eu dou em busca do meu verdadeiro “eu”, vejo o quanto errei com o passar doas dias. Desde que decidi recuperar a minha identidade, só encontro em minh’alma a mais perdida agonia, a mais intensa dor. Desta vez, todos os meus fantasmas, todos os meus temores, todas as minhas mazelas adormecidas resolveram se manifestar de uma só vez. Encontro-me diante da maior batalha espiritual que tive até hoje. No plano metafísico, ouso dizer que é a maior batalha que enfrentarei. Deverei destruir definitivamente o mal que há em minha existência, ou... Aceitar que ele me domine, sendo entregue para a má índole, a má conduta, me entregar ao mal... Não, isso não! Ainda é cedo para pensar no pior.

Deverei combater o temível fantasma da imaturidade, que sempre me assolou por todos esses anos já vividos. Será o mais poderoso exorcismo já praticado por um ser humano vivo. Deverei arrebentar as amarras da infantilidade, que ainda me prendem, e expulsar de forma definitiva todas as criancices que hoje imperam em minhas atitudes. Esse mal me acompanhou por toda a minha vida, afastando pessoas importantes de mim, e sei que não posso conviver mais com isso. Preciso vencer esse mal! Só não sei como ainda...

Mas isso é fácil, se comparado com a minha intensa instabilidade sentimental. Um homem de extremos, de pensamentos e atitudes extremas, com pensamentos falhos, sempre explodindo desnecessariamente... E que põe em dúvida a minha real índole. Afinal, se posso ser tanto bom quanto mau, se posso tanto amar quanto odiar, tudo isso junto e em menos de um segundo, quem sou eu?

E para onde vai as minhas pseudo-virtudes? O romantismo, o carinho, o afeto... Para onde isso tudo vai? Melhor dizendo, para onde foi? É outra coisa que eu preciso descobrir o mais rápido possível. Ainda não fui capaz de controla-los, e por tal creio ser impossível acha-los nesse momento. Somente o tempo (sempre o tempo) poderá me ajudar.

E assim abro as asas de fogo, e com o farfalhar violento do romper da inércia, alço vôo. Começa hoje o grande vôo da Fênix eterna, em busca do meu ser, em busca da minha identidade. Tenho medo do porvir, mas o que fazer? Que Deus possa me guardar por cada caminho negro, e que eu possa simplesmente encontrar o equilíbrio que jamais existiu na minha vida. Que meu coração não seja mais tão intenso, mas sim imenso. Que meu amor não seja forte, mas sim puro. Que meu carinho possa enlaçar, e não prender. Que minhas palavras possam confortar, e não sufocar. Que eu possa sorrir, e nunca mais chorar por causa de erros.

Obviamente não vou conseguir alcançar meu destino sozinho. Conto com cada pessoa importante na minha vida. Seja com uma palavra de carinho, um abraço, um beijo, um sorriso, um bilhete, um telefonema, um olhar, tudo que possa me fortalecer, tudo que me dê certeza que não posso desistir de me encontrar. Conto com cada amizade que as pessoas nutrem por mim. Necessito não só do saber, mas também da manifestação plena desse sentimento. E assim acredito que possa viver a minha vida com paz, tranqüilidade e, principalmente, certeza de quem eu sou. Mesmo que a solidão jamais me abandone; mesmo que o abandono do amor seja uma verdade; mesmo que o coração jamais pense em outra mulher. Mas que eu seja feliz.

Cerro minha visão... Imagino um mundo cheio de paz... De amor... Imagino um sorriso perfeito dado por uma mulher com sentimentos verdadeiros, com palavras de amor e demonstrações de carinho... Tudo aquilo que não tenho... Tudo aquilo que nunca tive... Tudo aquilo que tanto anelei ter... Tudo aquilo que eu perdi... Tudo aquilo que nunca vou encontrar. Busco tudo isso nos sonhos, pois a realidade jamais me presenteará com essa bênção.

Para dizer a verdade, já desisti de ser feliz com alguém. Acredito cada dia mais no amor recíproco, no perfeito amor, mas desisti de acreditar que um dia essa será a minha verdade. Não é vergonha aceitar a realidade; vergonha é persistir no que é errado, e abrir mão daquilo que te faz feliz. E, depois de abrir mão tantas vezes da felicidade, acho justo aceitar a realidade. Não por maldade, não por revolta. Simplesmente não nasci para isso. O amor existe, e é lindo! Eu mesmo já senti. Mas digo que não nasci para ser amado. Logo, não nasci para amar.

Agora a Fênix mitológica voa para longe dos conceitos, em busca da única coisa que o mundo não pode lhe roubar: Em busca do seu “eu”. Se isso for se afastar, se isso for esquecer, se isso for abrir mão de alguém, que seja. Quer seja o melhor para todos. Que seja o melhor para mim. Que a Fênix possa recuperar sua identidade, há muito perdida no meio da insanidade que minha vida se arrolou. E que seja prolatada a minha absolvição em relação a tudo que disseram sobre mim.

Que eu seja eu. Finalmente.

12.8.05

Impressões de um novo prisma


Hoje é um dia especial em minha vida. Hoje é, até então, o dia mais importante da minha retomada à felicidade. Foi apenas um encontro com uma mulher fantástica, mas amiga e verdadeira. Mas foi uma certeza em minha vida: As pessoas importantes em minha existência jamais me abandonarão, uma vez que também sou importante.

Foi apenas um beijo. Um beijo que já demorava mais de três anos. Um beijo construído do mais puro carinho mútuo. Um beijo que busquei por meses, e por outros meses pensei ter perdido para sempre, por causa dos meus erros. Mas fui perdoado, e esse beijo veio hoje. O beijo que tornará esse dia inesquecível.

Só Deus sabe o quanto esperei por isso. Um beijo terno, mesmo que tímido. Talvez eu tenha feito uma besteira. Creio que ela tem namorado, e acabou por traí-lo por minha causa. É uma impressão que se torna quase uma certeza.

Mas eu não deixarei isso acontecer de novo. Não digo que não vá beija-la novamente, na verdade quero beijar sim, mais e melhor. Contudo, não enquanto ela estiver acompanhada. Não quero cometer os mesmos erros de novo. Muito menos estragar um coração tão bonito e forte quanto o dela.

Durante meses eu acreditei que nunca mais iria beijar outra boca que não a de quem havia beijado no início deste ano. Quando ela começou a me machucar, me expulsando violentamente de seu coração, acreditei que tinha perdido a minha felicidade. Mas vi hoje, e senti o gosto disso, que nada está perdido. Trago um verdadeiro sorriso em meu coração, um sorriso que eu não conseguiria trazer sozinho. Um sorriso que somente o carinho sincero de uma mulher pode trazer para um homem.

Estou me sentindo maravilhosamente bem. Sei que a reencontrarei inúmeras vezes, mas não deixarei acontecer o que aconteceu hoje (diga-se irresponsabilidade da minha parte, por beijar a boca de uma mulher que já está comprometida). Nas próximas vezes, virá apenas o carinho mais verdadeiro de uma amizade que superou os erros, que superou as lágrimas, que superou o tempo e a distância (isso mesmo, aquela que tantas pessoas tem medo). Com ela descobri o que é ser perdoado. Sim, pois a magoei violentamente, a dando alcunhas que jamais foram verdade. Palavras sem responsabilidade, mas mesmo assim fui perdoado. Acho que não preciso enumerar outro motivo pelo qual ela foi, é, e sempre será especial na minha vida.

Se ela estivar lendo isso agora, quero que saibas que a adoro, que nunca vou deixar nossa amizade esmorecer e, se um dia acontecer algo a mais... Bem, não vou evitar. Simplesmente vou fazer, nesse caso, o que fizer nós dois felizes. Se for outros beijos, ou além disso... Se for abraços e carinhos... Se for olhares de cuidado, passeios de mãos dadas... Será o que nos fizer mais feliz. Mas digo que ela me fez hoje, e muito bem feito, foi ter trazido a felicidade que tanto senti falta. E que não faço questão de perder. Assim como o carinho que vivenciei hoje.

10.8.05

Para cada um que há em minha vida

Sonhos... Deus, eu posso sonhar novamente! Como é bom sonhar, ver novas pessoas, reencontrar boas companhias, desvendar novos mistérios, trabalhar em novas missões... Que bom que o ciclo passado terminou. É hora de uma nova missão. E confesso, estou ansioso por esse novo recomeço!!!

Não digo que estou feliz ou resignado com o fato de estar sozinho. Simplesmente a tristeza que havia em meu coração foi preenchido com o amor de Deus. Me perdoem aqueles que não acreditam na onipotência do Senhor, mas sem ele eu não estaria vivo! Logo eu, que vi a morte tentar me roubar da terra não faz muito tempo. Salvo pela misericórdia divina, nada mais temo. Não estou solitário, pois Ele me acompanha.

Agora, instintivamente, caminho por um novo sonho, que é o de encontrar a mulher certa para me casar. Não ligo se alguém acha piegas, ou mesmo infantil essa minha vontade, mas sei que não nasci para bagunça. Já o fiz, mas hoje eu quero uma mulher que possa somar meus dias, e que eu possa somar seus dias também. Nâo busco a "Alma Gêmea", não busco a mulher que eu amo. Espero Deus me revelar a mulher que me fará feliz. Vai ser essa a última mulher a aparecer na minha vida. Com quem vou casar, constituir família, ter filhos, netos... Uma mulher escolhida por Deus, que não terá medo de estar comigo, que não vai ouvir a voz do egoísmo, que não fará nada que me faça sofrer. Que me traga lágrimas apenas de alegrias, e que eu possa confortá-la se ela ficar triste. A mulher certa.

Não, não estou correndo, e não correrei atrás de ninguém. Também não espero que ninguém corra atrás do meu amor, pois isso nunca aconteceu. Estou meio cético se isso um dia acontecerá. Já não creio tanto.

Não busco simplesmente uma boca para me beijar, ou um corpo para satisfazer a minha lascívia. Busco uma mulher que me ame, que me faça amar de novo, que possa me mostrar a verdade e a força do amor recíproco. Dizem que me repito, mas o amor é igual. Mudam-se apenas as palavras.

Um dia as pessoas vão ver que eu não sou aquele maluco que pensam. Que não sou o psicopata neurótico que acham. Ou mesmo o inconseqüente que suspeitam. Verão que eu sou simples, sincero, romântico... Que eu busco uma mulher que me ame, nada mais que isso. Nâo quero sexo, quero amor. E quero casar, te rfilhos, com uma mulher fiel, amorosa, carinhosa... Que se preocupe comigo, que me ligue... A mulher que nunca encontrei na minha vida. Talvez ela tenha passado e eu nem vi. Talvez ela esteja me vendo e eu não consigo ver. Não sei. Só sei que isso precisa acabar, para que eu seja feliz para sempre, na vontade de Deus.

Procuro uma mulher com quem eu possa passear pela orla da praia, vendo o pôr do sol, observando as estrelas nascentes, que eu possa comprar um sorvete no meio do caminho e passear um pouco mais, curtindo a brisa do mar... Ou um passeio em jardins floridos, em praças arborizadas, aproveitando o prazer do amor e da companhia mútua... Buscando as belezas que Deus nos deu, e que não valorizamos... Será que é pedir muito?

Uma mulher que eu possa segura a sua mão, olhar em seus olhos, sentir o seu perfume, e sorrir com o coração ao ouvi-la dizer "eu te amo"... Derá que nunca vou ser feliz com alguém? Será que minha verdade é viver sozinho neste mundo maligno? Sei que tenho boas amizades, sempre tento me aproximar com as pessoas que Deus mostra para mim (e às vezes as assusto), mas viver sem um amor é difícil. Não ouço "eu te amo" nem de mentira, como tantas pessoas ouvem e acreditam ser verdade. Nem mesmo essas palavras de forma falsa. Isso entristece...

Às vezes penso como seria estar triste, sentado em algum lugar, e de repente você sente um caloroso abraço, seguido de um gostoso beijo na bochecha, um olhar terno e uma só frase: "não fique triste". Ou mesmo o dançar na sala de sua casa, ouvindo uma boba música romântica italiana, de rosto colado, e repentinamente sai um beijo... Que precede outros... Ou mesmo uma simples ligação, e aquela voz carinhosa dizendo "só liguei pra dizer que te amo"... Senhor, depois de tantas feridas, depois de tantas mágoas, será que ainda assim preciso viver só? Acatarei Sua decisão, mas creio no amor. Creio que você não me deixará sozinho. Mas não sei se conseguirei esperar muito vtempo. Tu sabes que sou fraco, e que preciso de uma mulher que me erga e me fortaleça. Não me abandones, Pai.

Podem rir de mim. Já bagunçei muito, e agora estou só. Também pudera, nunca encontrei uma mulher que me desse o que dei a elas. Uma só que fosse totalmente recíproca ganharia a mim, o meu amor, o meu eu, o meu tesouro. Mas eu não sou atraente pra ninguém.

A frase que mais ouvi foi "você vai encontrar a pessoa certa". Ou então "não desista", ou mesmo "você vai ser muito feliz". Não agüento mais ouvir isso.

Ainda virá o dia que a mulher que me ama se manifestará (espero que não demore muito), e então viverei feliz. Não quero outra mulher. Quero a mulher que me fará feliz. Para sempre.

Como sei que ninguém vai falar sobre esse texto, ao menos deixo registrado para o mundo as minhas palavras,as minhas expressões, e que um dia meus sonhos se matrerializem, mesmo com outrem. No expresso do coração, somente os escolhidos tem passagem. Eu ainda estou buscando umja bilhete na bilheteria. Mas parece que está esgotado. Não sei. O tempo de Deus dirá.

Só espero desistir do amor, desistir de amar, virar as costas para tudo que signifique esse sentimento, e abandone tudo relacionado a esse sentimento que até hoje só me trouxe mágoa, tristeza, humilhação e dor.

E que um dia a mulher que me ama leia essas palavras e não tenha dúvidas do que fazer. Até porque eu não terei dúvidas em me entregar.

Hoje sou assim.

Kisses from the darkness

É, estou em uma fase diferente... Quarta feira, 10 de Agosto de 2005... Neste momento, 19:50hs... Quem sou eu? Ond está as certezas, onde está os sonhos... Sei lá, parace tudo tão diferente... Sinto-me como se tivesse ido para outro planeta, com outras pessoas, com outros pensamentos, com outros sonhos... Esse sou eu.

Vejo um turbilhão de pessoas, um turbilhão de mundos, um turbilhão de medos, um turbilhão de idéias concatenadas em um novo ser...

Vejo uma luz bem adiante. O caminho é longo, vejo muitas armadilhas, muitas pessoas más... O que eles querem comigo? Deus, Tu és o verdadeiro Deus, e sei que tudo ocorrerá conforme a Sua vontade. Não temerei, Senhor!

Dia de decisões, dia de mudanças... Sempre é assim quando a verdade salta aos meus olhos. E hoje saltou, se saltou!

Vejo que sou obrigado a esquecer uma nova pessoa. Decidi, depois do meu sofrimento por causa do amor não correspondido, que só estaria junto de quem confiasse em mim, e para uma pessoa em específico essa não é uma verdade.

Só quero desejar uma vida repleta de felicidades, repleta de sonhos a serem concretizados, pois Deus estará sempre ao seu lado, basta ver.

Que você não tenha medo de fazer o que Deus diz ser certo, ao invés de fazer o que achas correto. Não brigue com aqueles que te amam desde quando era feto no ventre de sua mãe, muito menos por causa de um amor no mínimo "suspeito", de ocasião. Saiba ver o verdadeiro valor das coisas.

Olhe sempre para a verdade, pare de se cegar! Mas não sou capaz de te ensinar mais nada, acabou.

Que deus tenha você em seus braços, e te abençoe ricamente.

Pois beijos na escuridão são mel, néctar atraente, mas levam à tristeza.

E lembre-se que o infinito nunca será o meu limote, pois para mim o impossível é simplesmente aquilo que ainda não foi tentado.

Palavras do meu coração.

É. Consegui falar.

Obrigado, Senhor.

Está dito.

Amém.

6.8.05

Solidão


Solidão. Ainda quando somos homens, somos meros fantoches desse mal que ainda nos assola. Por mais que tenhamos Deus em nossos corações, ainda assim vivemos com essa dor e essa tristeza eterna em nossos espíritos. Por quê? Eu ainda não sei. Procuro fugir, mas essa dor me acompanha. Mas, para onde devo ir? Somente Deus pode me dizer.

Vejo a dor e o fogo consumir meu coração. Sonhos, outrora tão frutíferos, hoje se tornaram meros pesadelos sem nenhum fundamento. Buscar alguém, mas quem? Não sei mais o que pensar, o que dizer, ou mesmo o que fazer. Verdades ilícitas, memórias de um ser ainda frágil. Poderia até dizer que o amor existe, e existe, mas de que vale, uma vez que não pode ser usufruído?

Claro que eu não falo daqueles que vivem e sentem o prazer infinito do amor recíproco, longe de mim. O que digo é que nada mais me importa, nada mais tem valor, nada mais tem meios, quando se fala de um sozinho. Antes só, outrora abandonado, e hoje resignado com a solidão insistente que teima em incomodar o meu coração. Com meu olhar, busco uma nova alternativa, mas ainda assim nada acho. Cadê o amor? Sinceramente, já procurei tanto sem encontrar que não acredito que essa bênção exista para mim. Meu destino é ser sozinho mesmo.

Amor. Cadê você, amor? Olho para os céus, em busca de uma estrela-guia, um sinal de Deus para encontrar a mulher que eu amo, mas não encontro. Cadê você, amor? Um sonho antes tão nítido, mas agora tão esquecido, em meio à poeira angelical que envolve meus pensamentos.

Deus, onde está o meu amor? Será que ela foi embora sem que ao menos eu possa conhece-la? É injusto. Por que essas coisas só acontecem comigo? Sempre que eu encontro alguém, ou essa pessoa não me quer, ou essa pessoa não me ama, ou essa pessoa me abandona? Senhor, busco a ti para meu bem, mas cadê a mulher que curará as feridas do meu coração? Eu te busco, te procuro, mas não te encontro? Onde você
está? Cadê você, amor?

Agora sinto um vazio tão forte em meu coração... Por que essas coisas só acontecem comigo? Tudo que eu queria era ter um amor, alguém para cuidar, para amar, para acompanhar, e que ao mesmo tempo me amasse, cuidasse de mim e estivesse sempre ao meu lado. Sempre busquei alguém que pudesse me levantar e que eu pudesse animar, um casal perfeito. Mas vejo cada dia mais perto o dia em que Deus falará em minh’alma, e revelando esse destino tão, sei lá, sui generis, para mim. Não agüento mais chorar, não agüento mais sofrer, não agüento mais ter dúvidas em meu coração. Preciso de um porto seguro para ancorar meu barco tão avariado, mas só vejo tormentas. Vejo meu barco afundando, envolto em trombas d’água e redemoinhos devastadores. Nesse barco está a essência do amor. E está afundando.

Digo adeus aos meus sonhos. Qual boca será capaz de me beijar com amor, sem ser daqueles beijos corriqueiros de uma festa ou de um desejo qualquer? Quem terá vontade de estar ao meu lado, como se eu fosse alguém de valor, e não como se fosse um poste em meio à rua, uma placa dizendo “rua xis”, um caminho? E quem será capaz de segurar a minha mão e passar aquele calor interno, aquele carinho, aquele afeto que tanto falta nos corações humanos? Estou carente, preciso de carinho, de afeto, de abraços de amor. Mas, por quê está tudo tão longe? Não, não vá embora assim! Eu estou aqui...

Se foi.

De que adianta chorar? Eu sei o que é amar, mas como será ser amado? E de que adianta amar e não ser amado? É dar sem receber, é sofrer sem ser valorizado. Às vezes eu me odeio, tamanha dor que meu coração sente. Aliás, me surpreendo com a resistência do meu coração. Outra pessoa já teria morrido de paixão. Mas eu não tenho direito nem a isso. Morrerei velho, cheio de dias, e só. Só como a primeira vez que eu vi. Só como a primeira vez que fui abandonado. Só como a primeira vez que fui descartado. Só como estou hoje. E assim devo ficar mesmo.
A essência do desamor é a certeza de que o amor nunca vai te abandonar, mas sempre atravessará a sua alma como uma espada afiada, lembrando que você está sozinho.
Valor? Isso você não tem. Sonhos? Por que perder tempo com coisas abstratas? Mas a mágoa sim, ela sempre te acompanhará como uma amiga, sua melhor amiga! Mas não lute contra ela; antes, aprenda a conviver com essa tristeza, e peça para Deus levá-la embora. Só Ele pode fazer isso.

Bem, aqui me despeço. Sozinho, sem amor, sem carinho. Vazio com o mais frio dos limbos. Zero absoluto em meu espírito dilacerado por tantas dores e tantas paredes que crescem no meu caminho. Mas eu sou burro mesmo, e continuarei derrubando fronteiras, mesmo sabendo que crescem duas muralhas para cada cerca que eu derrubo. Mas, assim como tenho certeza de que estou sozinho, tenho certeza de que serei feliz. Isso Deus não tirará de mim. E eu quero essa felicidade. Pena que não vou poder dividir essa felicidade com ninguém.

Por isso eu sou assim. Perdoem-me.

Em um certo 1º de Agosto de 2005

Sabe, hoje estou diferente. Sinto a mudança do meu coração finalmente tomar conta da minha vida. Recordo de alguns textos que escrevi outrora, todos tão fortes, tão tristes... Digo hoje que esse Bruno que aparece nas folhas seguintes não sou eu. Tudo bem, tudo isso foi publicado em meu Blog faz aproximadamente um mês. Mas não faz mais parte de mim. Graças a Deus.

Estou em um recomeço. Descobri que eu posso fazer o que quiser sem pedir licença, sem dar satisfações, pelo simples fato de fazer. Esse sou eu. Acredito no Mais de Deus, acredito na luz que Ele emana sobre nós, acredito no Amor que ele nutre pela gente. Ele tem me guiado para o Caminho. E, como não poderia deixar de ser, quero repartir com cada um de vocês essa paz de espírito que hoje nutro.

Nos textos que vêm a seguir, digo que perdi uma grande amiga. Mas, depois que eu vi a morte cara a cara, Deus me disse que a amizade não morreu. Aquilo que Deus une, nem o homem, nem o mundo podem separar. E vejo a amizade recomeçar timidamente, como tem que ser, e já vislumbro que essa amizade será infinitamente mais forte que a anterior. Pra vocês verem como Deus sabe o que faz! É, eu sofri... E hoje eu vejo que nada foi em vão!

Resolvi que vou ser eu mesmo, e que tentarei resgatar certos valores que os anos fizeram com que eu perdesse. Não tentarei consertar meus erros, mas sim iniciarei um novo começo, para que o final possa ser mudado. Estou no caminho certo, tenho certeza que meus atos são os certos, e não vou deixar de manter a minha direção. Quem quiser me acompanhar... Será muito bem vindo!!!

Para quem chora, ofereço o meu ombro, a minha amizade, o meu carinho, a minha atenção e a minha ajuda. Estou disposto a tudo que for possível (não estou disposto a loucuras) para ajudar as pessoas que eu gosto. E continuo mandando mensagens, escrevendo bilhetes, ligando para quem gosto. A escolha é minha e ninguém tem nada a ver com isso. Se não quiser, que apague as mensagens, que jogue fora os bilhetes, que não me atenda. Farei enquanto eu quiser, farei enquanto estiver vivo.

O fato mais primaz é que estou um pouco mais discreto (embora frio e meio insensível). As porradas que a vida me deu acabaram por construir um Bruno mais forte. Não que eu não tenho fraquezas, mas agora consigo combate-las de igual para igual. Que bom.

Para todos, um recado: Eu mudei. E não é brincadeira, estou demonstrando isso. Quero recuperar as amizades que eu perdi, mas não vou correr atrás como antes. Deixarei que Deus faça o Mais acontecer. E quero dividir minha felicidade com cada um de vocês, sem esconder a tristeza que outrora senti, e está retratada nesses textos que vêm a seguir. Quem eu amava antes continuo amando, que eu gostava antes continuo gostando. Mas não vou ficar publicando. Darei pessoalmente, para apenas essa pessoa ver. Para todos, o meu mais profundo agradecimento. Leiam agora a tristeza do passado, e sorriam comigo no hoje!!!

30.7.05

Sweet Memories

"I remember... Last years, young days... My history, my treasure... My true friends, my smile, my 'loves'... Good times, good days!"

Trago em meu coração hoje lembranças de grandes amigos, que hoje se encontram longe. Dois grandes irmãos que hoje moram longe, um em Curitiba/PR, e outro em Miami/EUA.

São doces lembranças, de quando nada era sério, quando nos "namoricos" de adolescente era a regra, os campeonatos de botão, os "rachas" de futebol na rua (quantas vezes não pedíamos a boca na casa dos vizinhos!), tantas coisas...

Os dias passam mesmo...

Para homenagear esses dois amigos, fiz uma pequena "montagem" em suas fotos, como que se fossem capas de CD.

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Pois é, Alessandro Bertoni Moreira. Você conseguiu. Está construindo a sua vida, com muita luta, com muitos sonhos. Já faz um tempo que não conversamos, amigo. Mas eis a minha homenagem.

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E você, Francisco Antonio Reitano de Oliveira? Está aqui, com Thiago, nesse CD. Você foi um amigo de verdade, esteve quando precisei. Um verdadeiro irmão.

"Não é preciso mais que amigos para que consigamos encontrar a felicidade."

23.7.05

Tristeza

Como deve ser...

Aquele beijo inesquecível, com lábios desejados, um sonho verdadeiro, uma realidade sincera, com dois amores plenos, onde não se sabe onde começa, nem quando acaba...

Aquele amor verdadeiro, com corpos em ebulição, onde não há limites, não há preconceitos, medos, onde há um corpo só, uma só libido, um só prazer, onde o infinito habita e cresce infinitamente...

As cartas, as mensagens, os e-mails, as ligações que precedem o encontro final, quando finalmente tudo aquilo que ficara guardado explode em um imenso prazer, sem fim...

A explícita sensação de ser amado? Ouvir as palavras que vem do coração de quem te ama, sentir seu perfume, provar cada parte de seu corpo, desde os lábios até as partes mais íntimas, se despir do pudor, do temor, do pavor, do calor, e se entregar a um único valor, que é o amor, o amar, o sentir, o provar, o gostar, o viver sem parar...

Não sei.

Ainda sinto o amargo gosto da solidão.

As lâminas do abandono ainda se encontram em meu coração.

Amor?

Não nasci para ser amado.

Pode até ser que aconteça...

Mas não sei.

Deixo isso para Deus.

Só Ele pode mostrar a verdade.

Eu espero.

Só.

A camponesa e a flor de cores vivas

Havia, faz muito tempo, uma camponesa que cultivava flores raras. Ela possuía inúmeras espécies, mas a sua favorita era uma bela flor púrpura de longas pétalas. Por ter sido difícil de se encontrar, a camponesa acreditava que essa flor era muito rara, e por isso se dedicava com afinco a ela.

Uma vez, passando pela estrada que ligava o seu sítio à cidade, a camponesa avistou, e, meio ao mato que margeia o caminho, uma flor diferente, de pétalas curtas, e muitas cores. Uma flor de cores vivas. Maravilhou-se, porém continuou seguindo seu rumo. Ao chegar em seu sítio, a imagem daquela flor diferente, especial, não saía da sua cabeça.

Depois deste dia, todas as vezes que a camponesa passava pela estrada, sorria e contemplava aquela flor, que a cada dia que passava a fascinava mais e mais. Em certa ocasião, ela foi até a flor, e a regou, e limpou a terra ao redor, retirando as traças e as daninhas sem, contudo, retirar a flor de seu local. Na verdade, aquela planta já era importante na sua vida. Ela amava aquela flor de cores vivas.

Não muito depois de encontrar tal vegetal, viu a camponesa que a flor púrpura que ela tanto cuidara estava secando. Os dias passavam, e a flor continuava perdendo o brilho, a cor rubra acentuada. Ela cuidava, tratava, regava, e a flor não reagia aos seus cuidados. Com isso, recordou-se a camponesa daquela flor de cores vivas, cada dia mais bela e viçosa, a qual esteve se dedicando ultimamente. Mal recordava que o tratamento dado à flor púrpura não havia se alterado. Mesmo assim, subitamente a camponesa se indignou, pois pensava duramente que já possuía a flor que sempre quis, a flor púrpura, a qual nunca viu igual, e estava se dedicando a uma flor largada ao mato. Por que se preocuparia com um mato florido?

Instintivamente, a camponesa seguiu estrada adentro e, quando observou a flor de cores vivas, se enfureceu, entrando velozmente pelo mato alto e, em uma atitude violenta e repentina, arrancou a flor de cores vivas pela raiz, e atirou-a no meio da estrada, para que secasse logo, ou algum animal a devorasse, ou uma carroça passasse por cima, ou algo assim.

Já no dia seguinte, ao passar pelo caminho, a camponesa não encontrou vestígios da flor que arrancara e jogara na estrada. Satisfeita, continuou a sua caminhada. Entretanto, naquele exato momento, começou a sentir um forte e insistente incômodo em seu coração.

A camponesa se dedicava ao máximo para cuidar da flor púrpura, chegando a deixar de lado até as outras flores de sua estufa. Mas, em sua mente, vinha a todo o momento a imagem daquela flor inebriante que alegrava as suas caminhadas, que ela tanto admirava pela força e pela beleza, uma inspiração! E também vinha à mente a imagem dela jogada no meio da estrada, indefesa, uma atitude covarde que foi feita por causa de sua própria arrogância. E a cada dia essa falta aumentava, a camponesa sentia que havia um vazio em sua vida, vazio que a flor de cores vivas preenchia completamente.

A camponesa não compreendia o por quê disto tudo, até que recordou as cenas de quando encontrou a flor pela primeira vez, a forma dedicada com a qual cuidou dela, e notou que isso era, na verdade, saudade da flor que ela amava. Isso, ela amava aquela flor, e só agora, distante, compreendeu a tolice que fez. Arrependida, reuniu seus esforços e se dedicou ainda mais à flor púrpura, mas esta secou, e morreu.

Quando viu que todos os seus esforços foram em vão, a camponesa correu em direção da estrada, na esperança de encontrar aquela flor de cores vivas que outrora havia arrancado e jogado fora, da terra e de sua vida. Dias, meses se passaram, e não encontrava sequer flor da mesma espécie, ou mesmo similar. Quando sentiu que havia perdido a flor que amava, a camponesa chorou. Totalmente arrependida, sentiu raiva da vida, do mundo, de si mesma, por ter matado a flor que amava com sinceridade.

Dias depois, passava a camponesa, cabisbaixa, pela estrada, quando viu uma moça com um vaso, e neste vaso havia uma flor. A camponesa arregalou os olhos, quase não acreditando: A flor de cores vivas, de pétalas curtas, de muitas cores, a mesma que ela acreditava ter matado, a mesma! Movida a camponesa se aproximou da moça e perguntou onde ela havia encontrado tal espécie. A moça lhe deu a seguinte resposta:

- Eu andava por esta mesma estrada e me deparei com esta flor caída ao chão. A peguei, levei para a minha estufa e cuidei. Logo estava forte. Sabia que esta flor é única, foi pesquisado, e não existe flor igual! Antes eu criava uma flor púrpura de pétalas longas, mas ela do nada secou e morreu. Essa aqui é incrível, encontrei na rua e em menos de dois dias já estava forte e viçosa!

A camponesa argumentou, dizendo que também tinha uma flor deste tipo, púrpura de pétalas longas, mas ela era muito rara, e nunca tinha visto outra igual. A moça riu-se, e respondeu mais uma vez:

- Senhora, olhe para aquele lugar bem perto das colinas. Nunca notou uma cor acobreada por lá? Lá só tem dessas flores púrpuras. Ela não é rara. Essa aqui, sim!

Após ouvir isso, a camponesa despediu-se da moça, permitindo que fosse embora e, observava a flor de cores vivas se afastando, se afastando, se afastando... Até que sumiu de sua face, e após isso chorou. Por causa de seu egoísmo, perdera quilo que era eterno, enquanto preferiu continuar com o que morre logo.


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Aplicando-se às pessoas: quantas vezes trocamos a pessoa que nós realmente amamos sem saber, e preferimos aquela que nós acreditamos amar? As pessoas aparecem em nossas vidas, e nós nos envolvemos com elas. Contudo, o amor verdadeiro é súbito, chega sem avisar e logo envolve nossas vidas, nos fazendo felizes de forma incompreensível e benéfica. E, por isso mesmo, temos medo de amar o que não conhecemos, preferindo ficar com quem não traz o mesmo bem, contudo conhecemos e queremos. Isso mesmo: Trocamos a pessoa que nós amamos pela pessoa que nós queremos. E erramos.

Não podemos ter medo do amor. Tudo tem seu tempo, e se aconteceu, é porque tem que acontecer! Muitas pessoas sonham, buscam, mantém vivo a meta que possuem. Poucas pessoas realizam esse sonho. Muitos preferem tentar uma, duas, dez, mil vezes a mesma coisa, com a mesma pessoa, enquanto em seu coração uma outra pessoa pede espaço, e essa pessoa é impossível de se esquecer, nós a amamos sem saber. E, por revolta pessoal, por não aceitar a vontade do coração, abandonamos, por muitas vezes ofendemos essa pessoa, para que ela se afaste de nós. E ela acaba se afastando, e nós sentimos falta, além da famosa sensação de arrependimento que sempre negamos, mas nos acompanha.

Não podemos ter medo do amor. Se ele veio, acredite! Deixe entrar de forma única esse amor em sua vida, e logo verá que faz a coisa certa! Permitamos que Deus mostre que o amor é real. Vamos parar de acreditar em nossas próprias convicções! Deus está aí pra provar que o melhor para nós não é o que nós buscamos, mas sim o que Ele diz ser certo. E, acreditemos ou não Nele, é a verdade. Já é mais do que hora de deixemos Deus guiar as pessoas que queremos para a pessoa certa, e fiquemos juntos de quem realmente amamos. Deixemos a verdade tomar conta de nossas vidas. E que essas palavras venham ao encontro da alma de cada um, trazendo uma verdade única e sincera. A verdade de quem quer viver a felicidade no amor.

Beijos e abraços, a paz de Deus para todos.

Pensamentos insanos

Se eu fosse criança, fugiria de casa;

Se eu fosse adulto, morreria de fome;

Se eu fosse velho, radicalizaria o mundo;

Mas nada sou.


Se eu acreditasse no amor, correria atrás dos meus sonhos;

Se eu acreditasse nos sonhos, os concretizaria;

Se eeu acreditasse da verdade, não seria deste mundo;

Mas nada sou.


Acho que hoje sou assim mesmo, sem cor, sem graça... Tenho certeza de que o mundo não me acompanha. Pois é, eu não sou deste mundo, e não dá para comparar.

Mas nada sou.

9.7.05

Tônica do final de semana

Essa foto traz a tônica do meu dia de hoje:



Estou em paz comigo mesmo. Descobri o meu verdadeiro Eu.

O retorno da Fênix

Em meio ao rebuliço que se tornou meu coração, vi uma luz bem ao fundo. Na ânsia de me aproximar, para sentir novamente o ar puro, vi que era a mais incandescente lava, que logo consumui meu corpo, incinerando o meu ser. Contudo, sou a fênix mitológica, que desde o início dos tempos morre e renasce, sempre mais forte. Pois bem, da poeira onde meu sentimento me encontrava abandonado renasce hoje a fênix reluzente, flamejante, o lendário passaro de fogo que reaparece das cinzas. Pois bem, voltei.

Novamente, das mãos de Deus fui reforjado, e hoje estou vivo, não só em corpo, não só em alma, mas também em coração. Fruto da misericórdia divina, semente criada pelo maior dos maiores, eis-me aqui novamente. Muito mais forte, muito mais preparado, muito mais vivo do que antes, ressurge o caçador da felicidade, com garras de fênix afiadas, e assas em brasa, pronto para destruir qualquer empecilho que o mal colocar em minha frente.

Como o maior dos soldados, o melhor anjo da guarda, estou pronto para buscar, defender, guardar e guiar os meus amigos em busca deste bem divino tão precioso que é a felicidade. Como homem novo, com alma reforçada, coração renovado e inteligência testada, agora vou em busca da mais complicada jornada: A reconquista das pessoas queridas. Sei que não conseguirei buscar todos, mas um que seja já será um grande tesouro.

Às vezes não entendo porque comigo tudo tem que ser com dor. E o pior, por que sempre sou eu que faço essa dor nascer. Mas acho que é porque eu só aprendo assim. Dizem que só damos o verdadeiro valor às pessoas quando as perdemos, mas no meu caso é bem diferente (mas não o contrário), pois sempre dou o real valor às pessoas, mas ainda assim as perco. Qual o motivo disso tudo? Só o Tempo de Deus poderá dizer...

Estou disposto a tudo hoje, sem medo de sofrer, sem medo de chorar, afinal eu agora sei que consigo chorar!!! Novamente pude ver que mal me conheço, e que ainda há muito de mim para ser revelado durante minha passagem neste mundo. E tenho total consciência de que não me conhecerei por completo, pois morrerei antes. E tenho a plena certeza que o Senhor me conhece por inteiro, como jamais me conhecerei. Hoje me sinto abençoado.

Como deve ser a sensação de passear por um jardim florido, com inúmeras flores, com cores e aromas sem par? Uma brisa delicada, que faz flutuar as pétalas das floras, tais como sonhos e desejos ao nosso redor? Creio que seja a mesma sensação de viver um eterno amor, um perfeito amor, onde você dá e é sempre correspondido, o verdadeiro amor com provas. Só posso amar as pessoas que acreditam no meu amor, e que queiram viver esse infinito sentimento junto a mim. Que essa moça esteja disposta a provar, dia após dia, o quanto sou importante para a sua vida, que esteja sempre comigo, que não acredite na distância que o mundo impõe, que tenha certeza de que Deus está no centro desse relacionamento. Provavelmente a próxima mulher com quem eu me envolver será a mulher com quem vou me casar. Afinal, não quero mais arriscar, não quero mais experimentar, não quero mais sofrer, não quero mais chorar. Quero alguém que queira realmente me amar.

Desde já digo que cada mulher que dividiu os meus sentimentos foram, certamente, escolhidas a dedo por Deus. Cada uma delas, com seus defeitos, suas virtudes... Também não descarto que eu possa me casar com alguma delas. Porém, também saliento que só vou me casar uma vez. E, se não der certo na primeira, não tentarei a segunda. Somente se for a mulher que eu amo. E se houver reciprocidade. Mas jamais abandonaria minha esposa, minha família, por causa da mulher que eu amo. Se for para eu ficar com ela, Deus assim fará. Sei que Ele não deixará o seu servo sofrer. Nem deixará que ele sofra por conta própria, como sempre aconteceu.

Aqui vos presenteio com esse novo Eu, muito diferente do anterior, e feliz na certeza de ter Jesus na minha vida. Para aqueles que gostam de mim e que não sabem o que esperar, já esclareço: Estou vivo. E com um sorriso farto no rosto, alegre, e pronto para estender a mão para todos. Só consegui isso porque o meu coração perdoou a mulher que amei. E que Deus a guarde sempre entre seus braços de Pai amoroso, para que ela não sofra e não se engane com falsos amores. Porque muitas pessoas falarão sobre amor; muitas pessoas falaram que sentem esse amor; mas poucas pessoas são capazes de provar isso. Eu vou viver a minha vida com a mulher que souber provar o amor que porventura disser sentir.

"Existirá um dia em que esse mundo morrerá, assim como todos os seres vivos que aqui vivem. Como diz a Bíclia, só restarão três coisas: A , a esperança e o amor. Destas, a maior, mais perfeita e mais importante de todas é o amor. E, sem amor, não vale a pena existir. No dia que o amor vier, estarei vivo esperando, para que jamais morra o meu coração Para viver na verdade de uma eterna paixão".

8.7.05

A última dessa sexta-feira 08/07/2005

Continuar...
Até onde posso chegar?
Venha para mim
Não temas
Ainda é cedo para desistir
Mas, o que há?
Por que foges?
Por quê?
Você sabe que que eu te quero!
Não...
Para quê mutilar meu coração?
Ainda sou imaturo...
Não faça isso comigo...
Ai...
Dói...
Demais...
Vejo sangue em meus olhos
A dor final
A morte triunfante
Sobre um amor tão real
Que hoje diz adeus
Como um passo final.

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Hoje eu estou meio estranho. Nem tentem entender! Depois de sentir tantas sensações esquisitas, provo pela primeira vez em quase um ano a famosa "paz de espírito". Sabe o que é isso? É a verdade suprema, a paz interior. O "eu" que ninguém pode retirar. Não peço que gostem de mim, nem peço que me compreendam. Simplesmente deixem-me viver em paz. Não por mim, não por alguém, simplesmente deixem-me viver em paz. Para aqueles que gostam de mim, não me abandonem. Para aqueles que querem minha disância, o meu adeus. E, para o mundo: Estou voltando!!!

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A fênix ressurgiu das cinzas.

Um novo sopro de vida

Bem, estou de volta agora com um texto 100% fresquinho (como pão na padaria!) para vocês! O coração dói, mas ao menos aparenta seguir um novo rumo. Acredito que, depois de tudo que eu fiz para consertar meus erros, já se pode ver minhas mudanças positivas.

Estou começando a sentir falta de algumas coisas, principalmente de beijar na boca. Isso mesmo, pois é muito bom. Alguma gatinha interessada? Não, minhas 3 fãs (contando minha mãe e minha irmã) não fariam isso, é incesto. Fala sério!!!

Agora que me encontro sozinho e pronto para tentar novos caminhos, preciso de uma corajosa para me aturar. Bem, isso não é tarefa para qualquer uma, pois sou muito chato! Mas, como dizem que sempre há um chinelo velho para um pé cansado...

Mas sério, não quero ficar muito tempo sozinho. Contudo, não vou namorar a primeira louca que aparecer na minha frente. Essa "louca" tem que provar que gosta de mim, tem que demonstrar carinho (e muito, pois sou carente) e atenção para mim. A fé sem obras é morta, e o amor sem provas também. A essência do amor é o fato de querer se provar a cada instante. Se eu posso ser assim, as mulheres também podem. Só me relacionarei com que me der reciprocidade. E digo logo: Não é fácil!!!

Será que alguém vai me querer? Bem, não sou feio, sou baixinho, sou chato sim, mas um chato simpático (hehehe), além de, dizem, ser carismático. Mas este último eu não sei bem. Ah, sou magrinho. E sei que isso tira um pouco do meu "must". Mas, se levar em consideração o sentimento, pode ter certeza que eu tenho muito, e sei passar isso. Ah, dizem que beijo bem! Se isso contar algo...

Agora falando sério, acho que vou buscar um novo amor. Se o amor perfeito acabou, que venha um imperfeito. Como diz aquela música do Skank, "Sei que amores imperfeitos são as flores da estação". Então, um relacionamento completo, ainda que imperfeito, e que faça bem a ambas as partes, aos dois corações, fazendo-os felizes, vale a pena.

Mas, infelizmente, perdi a chance com as mulheres que me lêem. Afinal, vocês sabem que eu amo uma mulher. Contudo, vocês podem me provar que o que sinto não é amor, e que eu posso amar vocês! Bem, eu quero tentar. Se quiserem... Estou livre.

Como diz o título, vivo um novo sopro de vida. o que virá? Bem, somente o tempo dirá. E, se o futuro surpreender... E eu quero que surpreenda... Quem sabe?

Beijos na boca!!! (para homens, simples aperto de mão).

As vezes as imagens não traduzem o coração. As palavras sim.

Eu


Bem, eis-me aqui. Forçando um sorriso para não chorar.

Velhas crônicas: Crônica XVIII (18/02/2002)

Muitas crônicas eu já escrevi nestes últimos meses. Meses onde foram
escritas crônicas variadas: Crônicas de amor, tristeza, trauma, alegria,
evangélicas. Muito de mim vieram a conhecer, mesmo sem querer. Mas não me
arrependo. Tive respostas dos mais variados tipos: elogiando, criticando,
discutindo, concordando, discordando, enfim, de muitos tipos.

Concordo que minha instabilidade nas crônicas pode ter confundido muitas
pessoas. Afinal não segui uma só linha de raciocínio, mas muitas. Faz parte
de mim, confesso. Espero ter entretido muitas pessoas assim.

Não é por causa deste título que eu não escreverei outras crônicas. Passa
longe disso. Continuarei escrevendo. Mas lanço essas letras para fazer uma
auto-análise de comportamento.

Muitas coisas aconteceram comigo desde que comecei a enviar crônicas. Tive
tristezas, alegrias, momentos de euforia intensa contrastando com tristezas
profundas, resquícios de uma depressão recém-saída. Passei pelas
instabilidades da humanidade, pois, como disseram, falhamos por sermos
humanos. Mas isso não quer dizer que devemos errar. Devemos é vigiar os
nossos passos para que não cometamos os mesmos erros de outrora. Isso também
faz parte das obrigações da humanidade.

Mas nesses últimos dias venho me sentindo como não sentia há muito tempo.
Sinto-me leve, feliz até. Conheci muitas pessoas, conquistei muitos amigos.
E é isso que faz a humanidade caminhar. Um ajuda o outro, e assim
conseqüentemente.

Feliz eu estou sim, por que não estaria? Sinto a paz interna, finalmente.
Encontrei Aquele que é o Senhor de todos os corações, e dei-lhe o meu. Sei
que ainda faltam muitas coisas para conquistar, para encontrar. Porém, não
tenho mais medo de correr atrás de meus objetivos.

Nós mudamos, dia após dia, gradativamente. Nós não somos iguais a ontem, e
assim vai. Espero que todos tenham mudado para melhor, porque acredito ter
mudado assim. Todos que me conheceram tempos atrás sabem bem o que eu era
antes. Mudei drasticamente. Doutrinei paciência em minha vida, assim como
perseverança e, principalmente, esperança. Agora aqui estou.

Disseram para mim que puxo muito minhas crônicas para o lado da morte.
Então, para esses, eu respondo: Talvez seja um modo meu de escrever, mas
algumas crônicas enviadas foram escritas a muito tempo atrás, numa épocas em
que eu realmente não estava bem. Por isso tantas e tão tristes crônicas.

Dá disse a alguns, e agora passo a vocês: Não escrevo mais poesias. Uma
das minhas mudanças é essa. Continuarei escrevendo textos. Poesias foram uma
marca registrada da minha depressão. Foi uma fuga muito triste que possuí.
Usei um dom maravilhoso como válvula de escape para minhas tristezas,
angústias, infelicidades, frustrações. Até hoje tenho marcas profundas em
minha alma, mas Deus tem remediando meu espírito, e pouco a pouco vou me
recompondo.

Por causa disso, possuo muitas seqüelas daquela época. Uma delas é a
incapacidade de chorar. Escreveram para mim que “quem semeia com lágrimas
ceifará com júbilo”. Contudo, o que ceifarei se não semeio? Por mais
emocionado que eu possa ficar, não corre lágrimas aos meus olhos. Creio que
isso não dure eternamente, mas sei que demorará algum tempo até me
desvincular disso.

Outro defeito é usar demasiadamente a razão. Ter uma visão fria das
coisas. Existem coisas que só são possíveis de serem feitas se estivermos
emocionalmente preparados. Peco por isso. Já magoei muitas pessoas por causa
deste meu jeito frio de ser. Assim como o primeiro, espero que não perdure
essa seqüela.

Se antes sonhava com a morte, hoje sonho com o futuro. Fui liberto de
muitas coisas que me machucavam, e hoje sou mais forte. Tenho muito a
agradecer a pessoas que se importaram comigo naquela época, me regatando da
dor e me mostrando a felicidade. Serei eternamente grato. Assim eu vou, e
vou. Passo a ser assim, assim. Obrigado a todos por tudo. Obrigado. É por
vocês que vivo. Por vocês. Graças ao Senhor hoje tenho futuro. É a Ele que
dedico minha vida. Sem Ele, eu não estaria aqui escrevendo. Obrigado Pai.
Não permita que as pessoas passem pelo que passei, guiando-os para o Teu
lado. Obrigado e Amém, Senhor.

Velhas Crônicas: Um Último Adeus

Adeus. Me perdoe por tudo que eu fiz a você. Me desculpe pelos meus erros teimosos. Me perdoe por não conseguir consertar o que fiz. Me desculpe pelo que eu fiz em teu coração. Felizmente isso vai acabar, pois estou partindo.

Não, não é brincadeira. Estou indo. Muito já sofri por causa disto, mas muito mais sofrerei se souber de alguém que sofre junto comigo. Não. Se for por isso, posso morrer tranqüilo, pois ninguém sofrerá por minha causa. Mas, assim como vem o dia após a noite, é certo o meu fim. Melhor assim.

Estou partindo para um mundo onde não há mais nada. Estou morrendo. Meus dias estão extremamente contados. Nunca mais será visto este que um dia pisou na Terra. Irás para o infinito, onde se encontra o nada e o esquecimento. Felizmente será esse o melhor a acontecer.

Adeus. Sei que tudo o que eu fiz foi em vão. Sei que todos que cuidei não precisam mais de mim. Sei também que precisava de ajuda. Fui ajudado tarde demais. Agora eu vou morrer. Morrerei definitivamente, de um jeito jamais esperado.

Felizmente para todos eu vou ir. Mas, se a alma morre, a esperança se renova pelo mundo. Haverá uma morte, e logo após um renascimento. E esse novo que renascerá receberá nova vida. Receberá também potentíssima esperança. Mas será totalmente diferente de mim. Sei que não existe duas pessoas iguais. Mas sei que existe a herança de uma vida errada, a mesma que o renascido deverá herdar. Não era isso que eu queria, mas sei que será inevitável.

Escrevo hoje porque não sei se o renascido saberá escrever do mesmo jeito. Mas tudo bem, do morto só se guarda as palavras. Já do vivo, guarda-se a vida. Já sabia desde o início do ano que minha morte era inevitável. Mas fico muito feliz em saber que haverá um renascimento. E ela será muito importante neste mundo. O mesmo só tem a ganhar.

Perdoe-me se deixo de fazer algo que queria. Nada mais eu faço, estou entrevado em meu leito, onde minha vida se esvai, como a água de um rio que seca aos poucos. Muito tinha que fazer, e que o renascido deverá herdar. Não deixem de ajudar o novo. O velho perdeu para o mundo. O novo precisa ganhar.

Sempre que se lembrar de mim, ponha em foco apenas as boas lembranças, enterrando as ruins. Se bem que não se lembrará, nunca se lembram daqueles que se foram. Essa morte é definitiva, não haverá volta. Dói demais. Não sei até onde vou ir. Mas estou me despedindo, pois estou partindo para o nada. Muito obrigado por tudo que fizeram por mim. Muito obrigado por terem aturado esse velho decrépito, definitivamente em estado de decomposição. Decompõe-se para o fim. O fim da vida. O início de uma eternidade de solidão.

Senhores, agradeço a sua amizade, a sua ajuda, mesmo que pouca. Agradeço as pequenas horas de diversão coletiva que tivemos juntos. Ao mesmo tempo, perdoem-me pelos erros que foram cometidos. Espero paz, amor e compreensão.

Senhoras, obrigado por adoçar minha vida enquanto tive forças para viver. Obrigado por decorarem minha vista com as belas faces, carinhosamente desfiladas diante de mim. Obrigado pelos sorrisos. Obrigado pelos abraços e tudo o mais. Também peço perdão pelos erros cometidos. Feliz eu fico por saber que não haverá mais esses tipos de enganos e desenganos.

Mundo, se essas palavras puderem gritar para os seus olhos, peço perdão por tudo que fiz, e também pelo que não fiz. Me perdoe, mundo, se houve algo errado que não pude consertar. Me perdoe se houve lágrimas, lágrimas que eu nunca mais produzi. Obrigado, mundo, por me acolher em seu espaço cada dia mais escasso. Obrigado.

Senhor, peço que tenha piedade desta alma que vai, e misericórdia para a alma que vem. Pai, se eu posso pedir ainda mais alguma coisa para Ti, então aqui vos peço: Cuide daquele que vem, deixando o moribundo feliz na sua saída. Agradeço, Senhor, por todas as graças, todas as bênçãos concedidas. Cuide do coração deste como jamais foi cuidado o meu coração. Cuide da cabeça dele como nunca. Pai, perdoe os meus pecados, eu lhe suplico. Perdoe teu filho por tudo que então fizeste. Obrigado, meu Pai.

Aqui eu me despeço. Finalmente chegou a hora de dizer adeus. Que a morte seja como o rio, que leva águas velhas, renovando-as por águas novas. Que essa morte seja muito abençoada, e que esse renascimento seja maravilhoso. Obrigado por atenuarem a minha dor de viver mais um dia. Isso, dia após dia, até a minha morte. Obrigado. Obrigado e adeus.

É essa a hora de dizer adeus,

Obrigado

Velhas Crônicas: Começar de Novo

Novamente, cá estou eu. No estado mais comum de minha vida, que é o estado solitário. Aqui me encontro, cheio de desilusões, porém repleto de lições. Mas não me sinto fraco nem temeroso. Estou forte e destemido, como jamais me senti. Possuo coragem, detenho perseverança no coração. Tenho o pensamento firme no que quero.

Mas preciso começar de novo. Sair do zero, dar o primeiro passo, voltar a subir a montanha. Não é a primeira vez, nem a segunda. Aliás, já estou ficando especialista no assunto! Impressionante como o meu mundo se destrói e se reconstrói! Sou um mestre na arte da solidão! Que pena. Talvez seja essa a minha sina, mas fazer o quê? Lá vou eu novamente recomeçar tudo desde o início...

Tudo bem, desta vez não estou fraco como outrora. Contudo, é triste ver as coisas acontecerem deste jeito. Muitas vezes sinto vontade de chorar. Vêm as lágrimas para os olhos, lubrificando-os, para depois descerem correntemente. Sim, eu choro de vez em quando. Tenho muitos motivos para chorar. Mesmo assim, sinto força em mim, e não o contrário.

Tenho a verdade em minhas palavras, por isso não temo em falar as coisas. Tenho coragem, recentemente adquirida (às custas de grande desilusão), e não cairei. Lá vamos nós de novo! Não será a última vez, por isso devo continuar.

Tenho descoberto novas facetas de minha personalidade. Algumas assustam até a mim confesso. Mas me assustam positivamente, pois são coisas maravilhosas que acreditava não ser capaz de possuir. Tenho conhecido novos sentimentos, sendo estes muito mais profundos do que tinha conhecimento. Estas coisas contribuem para que eu continue a caminhar. Do marco zero, novamente.

Muitos são os aprendizados que recebi nestes últimos dias, todos custando muito para mim, porém todos válidos. Sei que as dores só atingem a mim, até porque prefiro assim. Apesar disto, é muito triste esta solidão. Volto a viver em um mundo onde não há perspectivas. Novamente deverei fugir daqui. Mas tudo bem.

Estou mudando. Neste exato momento (18:30), não existe mais o Bruno de minutos antes. Nasceu um Bruno novo. Novas facetas aparecerão, assim como algumas se vão. As atitudes mudarão, assim como os gestos e as palavras. A única coisa que permanece é o coração. Será este que o guiará nesta nova vida.

Cá estou eu, sozinho e desamparado, triste e destruído, morto e renascido. Sou a Fênix, viro cinzas e me recomponho. Sempre foi assim. Mereço ser feliz um dia, acredito. Então não mais começarei de novo. Viverei eternamente na felicidade de uma vida. Viverei, finalmente.

5.7.05

O primeiro passo

Levanto-me, sacudo a poeira e dou a volta por cima.

HOje estou dando o primeiro passo em busca da sanidade. Como estou construindo uma nova vida, ainda não sei a diferença entre são e louco.

Ainda não sou capaz de olhar a mulher que um dia dei o meu amor nos olhos. Nada contra ela, simplesmente sinto vergonha de tudo que eu fiz. E sei que ela não fala comigo, não por causa do fato de não gostar de mim (pois sei uqe ela gosta), mas sim porque ela tem, entre outros motivos (os quais nunca soube) medo de que eu volte a encher o saco dela. Reconheço o meu erro. No final, descobri que fui eu que a afastou de mim, e somente um carinho de amigo poderia fazer ela me perdoar, para que pudéssemos viver uma nova amizade. Mas uma nova amizade, sem os vícios da anterior. Para que nada dê errado, e não haja confusão na hora de fazer as coisas.


Se um dia ela me ler, espero que meu coração (hoje quebrantado) esteja sendo bem compreensível, e que ela possa me perdoar (o que ainda não fez). A indiferença de hoje machuca, mas busquei isso. E ela nem confia mais em mim, pois recebeu mensagens com ofensas bem pesadas, e ela acha até hoje que fui eu. Pela última vez, desta vez por escrito, direi: Não fui eu que escrevi aquelas malditas mensagens. Tenho ódio da pessoa que fez aquilo, porque ajudou a destruir a confiança que ela tinha em mim. Mas nada posso fazer agora.

Bem, hoje será dado o primeiro passo. Seja o que o Deus Pai quiser.

Eu apenas aguardo o fluxo da correnteza.

Aflorando meus medos

Não entendo, mas hoje estou muito ansioso. Sinto-me como se algo bastante diferente fosse
acontecer na minha vida. Estou meio duvidoso das palavras, com medo de dizer algo errado. Estou com medo de tomar certas atitudes.

Será que conseguirei alcançar o meu objetivo? Talvez, mas qual será o meu objetivo? Bem, o tempo dirá.

Enquanto isso, seguem-se os dias, as horas, os minutos... até o momento chegar.

Qual momento? Sei lá. Mas saberei em breve.

Só tenho medo de me enganar.

Reencontrando o meu EU

Como faz um homem que recomeça a sua vida do zero para se reencontrar? Já não preciso de novos amores, nem preciso de novos sonhos. O que eu preciso agora é de uma nova vida. Então, como redescobrir as coisas que eu sinto? Não sei. Sinceramente, não sei...

Começar do zero é mais difícil que recomeçar, assim como destruir e construir uma nova casa é mais difícil que reconstruir a antiga. Mas, se é necessário mudar, da nada adiantra reconstruir. Para mudar, é preciso ser novo. Um novo caminho, um novo EU. E é isso que eu procuro.

Busco sentir no íntimo do meu coração as coisas que me afetam. As palavras que machucam, os olhares que atraem, os atos que apaixonam, as omissões que trazem a desesperança. Talvez falte a mim hoje tudo isso. Talvez o mundo todo tenha, mas eu ainda não encontrei.

Ontem, no trabalho, escrevi um texto em inglês. Nada demais, mas dizia o meu coração. Foi assim:

LETTER

I lost my dreams...
My hope...
My smile...
My heart...
I don't have faith in the love...
Darkness in my vision...
Blood tears, dark pain...
No more...
No more tears...
No more pain...
I need to help...
I need to hope...
I need...
I found my way...
A hardest way...
And now I pray:
"God, seve my soul!", I still say.
But...
I don't know...
Whispers cut my spirit...
They says "You're finished"!
Because I was believe in the love...
Why?
I don't understand...
I just need to one hand...
One word...
One step...
...and everything...
everything...
Well, I think...
But my dreams can rebirth.
I believe.


Bem, me perdoem aqueles que leem esse meu péssimo inglês. Com certeza, está bem diferente de tudo que era antes. Mas tudo bem. Os dias, os anos, as horas... Tudo pesa neste momento. Meu olhar muda, meu EU muda, até a minha essência, aquilo que dificilmente muda, está mudando. Estou reencontrando o meu EU.

Quem quiser me ajudar, quem quiser me entender, quem quiser... Qualquer coisa, eu aceito.

Só quero encontrar uma vida dentro desta casca vazia que hoje sou.

2.7.05

Lágrimas de um coração partido

Hoje eu chorei. Assim como ontem também chorei. Novamente, eu me apaixonei. Novamente, eu perdi quem eu queria. Novamente, eu chorei. Novamente, eu senti o vazio do limbo em meu coração, um frio terrível que corta o meu espírito. Nem sei como começar.

Em meus sonhos, vivia um amor verdadeiro, com uma mulher que me compreendia, que me aceitava (ao menos eu achava) do jeito que sou, e que tinha certeza do que queria (isto é, eu. Mal sabia que, em alguns dias apenas, o que era sentimento se tornaria tormento, e o meu carinho seria sinônimo de sufocamento. Algumas desculpas bastaram para que eu fosse "descartado". Vi o meu coração ser jogado no lixo. Então, dirigindo-me àqueles que já sofreram por amor: Vocês imaginam bem como me sinto. Pois é, estou bem pior.

Desde então, foi um duro embate para conseguir reconquistar ao menos a amizade. Fui humilhado diversas vezes (não tenho vergonha de admitir), chorei muito, mas hoje, 02/07/2005, vi o papel de maluco a qual me submeti. Ela não quer mais a minha amizade, ela descarta todo e qualquer contato comigo. Na verdade, ela quer é que eu fique distante dela. Hoje sou tratado como um qualquer. O sonho morreu.

Bem, desta vez, nada farei para reconquistar. Sinceramente, estou tão sem graça com o que aconteceu que nem sequer tenho palavras. Hoje não sou cvapaz de olhar nos olhos dela. Abaixo a minha cabeça para ela, pois quem fez mal fui eu. Se antes eu era um bem, hoje sou uma doença. E doença nenhuma é boa. Por isso as lágrias, por isso o coração partido.

Eu sempre pedi a Deus que pudesse viver um grande amor sem sofrer, mas as últimas tentativas foram todas fracassadas. Sofri demais em cada uma, e essa última tentativa, com essa última mulher, me destruiu por completo. Contudo, fui salvo pela misericórdia de Deus, que me deu um coração novo. E discernimento à minha mente, o suficiente pra saber a verdade.

Não, ela não tem ódio de mim. Ela até gosta de mim, me respeita... Eu é que me humilhei. E gostar não significa ser amigo. Talvez, o que mais doa em minh'alma seja o fato dela não contar o verdadeiro motivo pelo qual se afastou. Mas nunca vou saber, ela só me cumprimenta, nem sei mais como está a vida dela... E nem vou saber mais. Estou me encaminhando para a minha mais dura jornada.

Se ela quer a minha distância, se ela quer a minha paz, se ela não é capaz de ver as minhas boas intenções, tudo que posso fazer é baixar a cabeça e deixar tudo de lado. O amor que um dia nutri... Não sei se conseguirei esquecer. As minhas lágrimas não serão eternas, e certamente aparecerá a mulher certa para dividir os meus dias. Entretanto, já não acredito mais nisso.

A cada dia que passa fica mais impresso em minha vida que só vou conseguir ser feliz se esquecer o amor. Esquecer que sou capaz de viver um relacionamento com alguém ,e que poderei constituir casamento e terei filhos. Isso já é uma névoa densa que recobre meu rosto. De que vale chorar por alguém que não lhe valoriza? Bem, o amor, a esperança, o sentimento... Tudo se tornou um vazio extremo que absorve minhas energias, sem retorno, e me deixa fraco, agonizante... Tornou-se uma mentira, uma falsidade, não nasci para o amor, não sou digno dessa bênção de Deus. Acho que já é hora de aceitar os fatos.

A cada dia que passa, torno-me mais dependente dos meus amigos. São os únicos que ainda me agüentam. Mas alguns já se distanciam, e não creio que vá demorar muito para me esquecerem. Pois é, sou um ser esquecível. Minha pena é sofrer pelos que não me entendem, e carregar esse estigma pelo resto dos meus dias. O rótulo do "homem que não pode ser compreendido.

Bem, estou fechado para balanço (de novo). Preciso, antes mesmo de acreditar que alguém me entenda, conseguir me entender. Se nem mesmo eu sei quem sou, quem saberá? Ninguém, decerto. Tudo que sei é que sou idiota, burro, sensível, chorão, sincero, honesto, frágil, romântico, atencioso... Mas nada disso soa como virtude, só como defeito. O caminho frágil dos que querem ser unos.

Às vezes quero um carinho, um abraço, uma palavra de amizade. Mas não encontro. Só queria uma chance para provar que posso fazer alguém feliz. Mas não mereço chance nenhuma. A verdade é que eu amo sem nunca ser amado. E por isso pretendo desistir de amar.

Não acredito que o vazio que sinto irá desaparecer. O amor... nunca mais quero sentir. Se é para o meu coração não morrer, que eu aprenda a viver sozinho. Afinal, já tenho 25 anos. Não sou nenhuma criança. E, certamente, já vivi muito. É hora de aprender. É hora de viver. Ao lado de Deus, mas longe do amor. Seja como for.

18.6.05

Renascendo

Bem, depois de muitas reclamações, resolvi "atualizar" o Blog. Vai aí um texto que mandei por e-mail, para que todos possam contemplar e comentar. Abraços!!!

Faz tanto tempo, Deus...

Lembra-se de quando eu era criança? De tudo que acontecia comigo, as brincadeiras, as artes, as besteiras, os sorrisos e a simplicidade de encontrar alguma coisa pra me fazer feliz? Deus, quantas saudades eu sinto desses dias... Por quê tudo um dia vai embora? Por quÊ tudo passa tão rápido?

Deus, eu sinto falta das brincadeiras simples, tal qual Seu amor eterno. Brincadeiras como esconde-esconde, pique-pega, futebol de botão... Sinto falta dos sorrisos sinceros de alegria, dos olhares bobos de meus pais... Sabe, Deus, eu sempre fui feliz assim.

Mas a gente cresce, e eu cresci também. Perdi os sorrisos, as brincadeiras começaram a ficar tão caras, e mesmo os olhares paternos, antes bobos, agora são apreensivos... Busca pelo futuro, preciso ser alguém! Hoje não existe mais simplicidade, não há mais verdades sumárias, que acreditamos pelo simples prazer de acreditar. Agora eu tenho em minha frente um paredão intransponível chamado realidade. As verdades são impostas, e não posso nem sequer me dar o deleite de descartar o que não me interessa. O mundo é tão mau, Deus, por quê?

E agora essa, meu Deus: O tempo me fez aprender a amar. E eu não conheço direito o amor. Lembro-me dos meus namoricos de adolescente, dos beijos roubados, das declarações de amor tão singelas, e daquela flor que colhemos de um jardim e, tal qual um tesouro roubado, a damos para quem queremos bem. Mas não, hoje os tesouros precisam ser comprados, e nem sempre podemos pagar tais preços. Cadê a simplicidade do sentimento, quando um simples “eu te amo” já bastava para receber um gostoso e apaixonado beijo lábio a lábio? O que aconteceu com os valores dos seres humanos, Deus? Por que tudo é cobrado?

Eu sei, Deus, que essa não é a sua vontade. Mas a lei dos homens, o costume dos homens, tudo isso é feito pelos homens. E o mundo onde vivo determina que deve ser assim. Não dá sequer chance de mostrar novos conceitos. Tudo isso é justo, Deus?

Na verdade Deus, eu estou vivo por Tua causa. Sei que minha missão ainda não acabou. Na verdade, não sei o que vou ser, o que vou fazer, e quanto tempo ainda vou existir em meio às pessoas. Às vezes sinto que já não sou mais desse mundo, Deus. O que mais preciso aprender? O que mais preciso ensinar? Nasci, cresci, e o que farei agora?

O amor, que o Senhor fez com tanto esmero, não é minha casa. Aquilo que chamam de relacionamento não existe pra mim. Faz tempo que meus sonhos não frutificam. Seria eu um novo horizonte? Seria por isso que as pessoas têm medo de se envolver comigo? Deus, esse sentimento é tão puro, tão bonito, por que ainda vivo se não posso senti-lo?

Se minhas lágrimas tivessem algum poder, Deus, pediria pra mostrar um caminho para amar. Se for essa a sua vontade, quero que me faça feliz. Não quero ter controle sobre minha vida, mas sim que o Senhor, Deus, me mostre o que é certo e o que é errado. Digo isso porque descobri que não é vergonha se arrepender, que não é vergonha voltar atrás, e que nunca desistir é a maior virtude que um humano possui. Descobri que eu sou do jeito que sou, e que é burrice mudar. Não vivo um sonho, mas sim a realidade concreta, ainda que insólita, que me envolve. Ainda sou capaz de construir o meu futuro, com muito suor, muitas lágrimas. E eu acredito em ti, meu Deus. Agora farei o que é certo. E vou me arrepender se errar. Porque quero ser feliz. E se arrependendo encontra-se o caminho certo. O caminho de Deus. O Teu caminho, Senhor. O Teu caminho.

Espere-me, Senhor. Um dia eu estarei ao Seu lado.