2.7.05

Lágrimas de um coração partido

Hoje eu chorei. Assim como ontem também chorei. Novamente, eu me apaixonei. Novamente, eu perdi quem eu queria. Novamente, eu chorei. Novamente, eu senti o vazio do limbo em meu coração, um frio terrível que corta o meu espírito. Nem sei como começar.

Em meus sonhos, vivia um amor verdadeiro, com uma mulher que me compreendia, que me aceitava (ao menos eu achava) do jeito que sou, e que tinha certeza do que queria (isto é, eu. Mal sabia que, em alguns dias apenas, o que era sentimento se tornaria tormento, e o meu carinho seria sinônimo de sufocamento. Algumas desculpas bastaram para que eu fosse "descartado". Vi o meu coração ser jogado no lixo. Então, dirigindo-me àqueles que já sofreram por amor: Vocês imaginam bem como me sinto. Pois é, estou bem pior.

Desde então, foi um duro embate para conseguir reconquistar ao menos a amizade. Fui humilhado diversas vezes (não tenho vergonha de admitir), chorei muito, mas hoje, 02/07/2005, vi o papel de maluco a qual me submeti. Ela não quer mais a minha amizade, ela descarta todo e qualquer contato comigo. Na verdade, ela quer é que eu fique distante dela. Hoje sou tratado como um qualquer. O sonho morreu.

Bem, desta vez, nada farei para reconquistar. Sinceramente, estou tão sem graça com o que aconteceu que nem sequer tenho palavras. Hoje não sou cvapaz de olhar nos olhos dela. Abaixo a minha cabeça para ela, pois quem fez mal fui eu. Se antes eu era um bem, hoje sou uma doença. E doença nenhuma é boa. Por isso as lágrias, por isso o coração partido.

Eu sempre pedi a Deus que pudesse viver um grande amor sem sofrer, mas as últimas tentativas foram todas fracassadas. Sofri demais em cada uma, e essa última tentativa, com essa última mulher, me destruiu por completo. Contudo, fui salvo pela misericórdia de Deus, que me deu um coração novo. E discernimento à minha mente, o suficiente pra saber a verdade.

Não, ela não tem ódio de mim. Ela até gosta de mim, me respeita... Eu é que me humilhei. E gostar não significa ser amigo. Talvez, o que mais doa em minh'alma seja o fato dela não contar o verdadeiro motivo pelo qual se afastou. Mas nunca vou saber, ela só me cumprimenta, nem sei mais como está a vida dela... E nem vou saber mais. Estou me encaminhando para a minha mais dura jornada.

Se ela quer a minha distância, se ela quer a minha paz, se ela não é capaz de ver as minhas boas intenções, tudo que posso fazer é baixar a cabeça e deixar tudo de lado. O amor que um dia nutri... Não sei se conseguirei esquecer. As minhas lágrimas não serão eternas, e certamente aparecerá a mulher certa para dividir os meus dias. Entretanto, já não acredito mais nisso.

A cada dia que passa fica mais impresso em minha vida que só vou conseguir ser feliz se esquecer o amor. Esquecer que sou capaz de viver um relacionamento com alguém ,e que poderei constituir casamento e terei filhos. Isso já é uma névoa densa que recobre meu rosto. De que vale chorar por alguém que não lhe valoriza? Bem, o amor, a esperança, o sentimento... Tudo se tornou um vazio extremo que absorve minhas energias, sem retorno, e me deixa fraco, agonizante... Tornou-se uma mentira, uma falsidade, não nasci para o amor, não sou digno dessa bênção de Deus. Acho que já é hora de aceitar os fatos.

A cada dia que passa, torno-me mais dependente dos meus amigos. São os únicos que ainda me agüentam. Mas alguns já se distanciam, e não creio que vá demorar muito para me esquecerem. Pois é, sou um ser esquecível. Minha pena é sofrer pelos que não me entendem, e carregar esse estigma pelo resto dos meus dias. O rótulo do "homem que não pode ser compreendido.

Bem, estou fechado para balanço (de novo). Preciso, antes mesmo de acreditar que alguém me entenda, conseguir me entender. Se nem mesmo eu sei quem sou, quem saberá? Ninguém, decerto. Tudo que sei é que sou idiota, burro, sensível, chorão, sincero, honesto, frágil, romântico, atencioso... Mas nada disso soa como virtude, só como defeito. O caminho frágil dos que querem ser unos.

Às vezes quero um carinho, um abraço, uma palavra de amizade. Mas não encontro. Só queria uma chance para provar que posso fazer alguém feliz. Mas não mereço chance nenhuma. A verdade é que eu amo sem nunca ser amado. E por isso pretendo desistir de amar.

Não acredito que o vazio que sinto irá desaparecer. O amor... nunca mais quero sentir. Se é para o meu coração não morrer, que eu aprenda a viver sozinho. Afinal, já tenho 25 anos. Não sou nenhuma criança. E, certamente, já vivi muito. É hora de aprender. É hora de viver. Ao lado de Deus, mas longe do amor. Seja como for.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Bruno.
Passei por aqui para ver seu blog. Achei muito triste o que vc diz a respeito do amor. Esse sentimento é lindo quando acontece com a pessoa certa. Um dia vc será correspondido a altura! Acredite! Não desista nunca! Vc é uma pessoa muito especial, sensível, amiga e com sentimentos que estão a flor da pele. Acho muito legal o fato de vc conseguir expressar, através de poemas, as suas angustias, os seus pensamentos e o que acontece em sua vida (são poucos os que conseguem!!) Escrever é uma forma de desabafar e colocar pra fora tudo que fica engasgado né?!
Saiba que não está sozinho. Quando precisar de alguém que te escute, pode contar comigo!
E continue procurando! Um dia vc encontrará sua alma gêmea que será o amor da sua vida e com certeza vai rir desses momentos difíceis que passou!!
Seja feliz!!!
Um abraço,