8.7.05

Velhas Crônicas: Começar de Novo

Novamente, cá estou eu. No estado mais comum de minha vida, que é o estado solitário. Aqui me encontro, cheio de desilusões, porém repleto de lições. Mas não me sinto fraco nem temeroso. Estou forte e destemido, como jamais me senti. Possuo coragem, detenho perseverança no coração. Tenho o pensamento firme no que quero.

Mas preciso começar de novo. Sair do zero, dar o primeiro passo, voltar a subir a montanha. Não é a primeira vez, nem a segunda. Aliás, já estou ficando especialista no assunto! Impressionante como o meu mundo se destrói e se reconstrói! Sou um mestre na arte da solidão! Que pena. Talvez seja essa a minha sina, mas fazer o quê? Lá vou eu novamente recomeçar tudo desde o início...

Tudo bem, desta vez não estou fraco como outrora. Contudo, é triste ver as coisas acontecerem deste jeito. Muitas vezes sinto vontade de chorar. Vêm as lágrimas para os olhos, lubrificando-os, para depois descerem correntemente. Sim, eu choro de vez em quando. Tenho muitos motivos para chorar. Mesmo assim, sinto força em mim, e não o contrário.

Tenho a verdade em minhas palavras, por isso não temo em falar as coisas. Tenho coragem, recentemente adquirida (às custas de grande desilusão), e não cairei. Lá vamos nós de novo! Não será a última vez, por isso devo continuar.

Tenho descoberto novas facetas de minha personalidade. Algumas assustam até a mim confesso. Mas me assustam positivamente, pois são coisas maravilhosas que acreditava não ser capaz de possuir. Tenho conhecido novos sentimentos, sendo estes muito mais profundos do que tinha conhecimento. Estas coisas contribuem para que eu continue a caminhar. Do marco zero, novamente.

Muitos são os aprendizados que recebi nestes últimos dias, todos custando muito para mim, porém todos válidos. Sei que as dores só atingem a mim, até porque prefiro assim. Apesar disto, é muito triste esta solidão. Volto a viver em um mundo onde não há perspectivas. Novamente deverei fugir daqui. Mas tudo bem.

Estou mudando. Neste exato momento (18:30), não existe mais o Bruno de minutos antes. Nasceu um Bruno novo. Novas facetas aparecerão, assim como algumas se vão. As atitudes mudarão, assim como os gestos e as palavras. A única coisa que permanece é o coração. Será este que o guiará nesta nova vida.

Cá estou eu, sozinho e desamparado, triste e destruído, morto e renascido. Sou a Fênix, viro cinzas e me recomponho. Sempre foi assim. Mereço ser feliz um dia, acredito. Então não mais começarei de novo. Viverei eternamente na felicidade de uma vida. Viverei, finalmente.

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