Palavras, textos poéticos, prosas, poemas, poesias, cartas, contos, crônicas, pensamentos, vida real, Deus, Jesus, tudo misturado numa coletânea literária como somente alguém nascido em 1980 poderia escrever. Estudante de Análise de Sistemas, adepto do desafio e fiel a um Deus verdadeiro. Quer mais? Leiam meus textos, deixem seus comentários e aí sim, façam as suas perguntas!!!
6.8.05
Solidão
Solidão. Ainda quando somos homens, somos meros fantoches desse mal que ainda nos assola. Por mais que tenhamos Deus em nossos corações, ainda assim vivemos com essa dor e essa tristeza eterna em nossos espíritos. Por quê? Eu ainda não sei. Procuro fugir, mas essa dor me acompanha. Mas, para onde devo ir? Somente Deus pode me dizer.
Vejo a dor e o fogo consumir meu coração. Sonhos, outrora tão frutíferos, hoje se tornaram meros pesadelos sem nenhum fundamento. Buscar alguém, mas quem? Não sei mais o que pensar, o que dizer, ou mesmo o que fazer. Verdades ilícitas, memórias de um ser ainda frágil. Poderia até dizer que o amor existe, e existe, mas de que vale, uma vez que não pode ser usufruído?
Claro que eu não falo daqueles que vivem e sentem o prazer infinito do amor recíproco, longe de mim. O que digo é que nada mais me importa, nada mais tem valor, nada mais tem meios, quando se fala de um sozinho. Antes só, outrora abandonado, e hoje resignado com a solidão insistente que teima em incomodar o meu coração. Com meu olhar, busco uma nova alternativa, mas ainda assim nada acho. Cadê o amor? Sinceramente, já procurei tanto sem encontrar que não acredito que essa bênção exista para mim. Meu destino é ser sozinho mesmo.
Amor. Cadê você, amor? Olho para os céus, em busca de uma estrela-guia, um sinal de Deus para encontrar a mulher que eu amo, mas não encontro. Cadê você, amor? Um sonho antes tão nítido, mas agora tão esquecido, em meio à poeira angelical que envolve meus pensamentos.
Deus, onde está o meu amor? Será que ela foi embora sem que ao menos eu possa conhece-la? É injusto. Por que essas coisas só acontecem comigo? Sempre que eu encontro alguém, ou essa pessoa não me quer, ou essa pessoa não me ama, ou essa pessoa me abandona? Senhor, busco a ti para meu bem, mas cadê a mulher que curará as feridas do meu coração? Eu te busco, te procuro, mas não te encontro? Onde você
está? Cadê você, amor?
Agora sinto um vazio tão forte em meu coração... Por que essas coisas só acontecem comigo? Tudo que eu queria era ter um amor, alguém para cuidar, para amar, para acompanhar, e que ao mesmo tempo me amasse, cuidasse de mim e estivesse sempre ao meu lado. Sempre busquei alguém que pudesse me levantar e que eu pudesse animar, um casal perfeito. Mas vejo cada dia mais perto o dia em que Deus falará em minh’alma, e revelando esse destino tão, sei lá, sui generis, para mim. Não agüento mais chorar, não agüento mais sofrer, não agüento mais ter dúvidas em meu coração. Preciso de um porto seguro para ancorar meu barco tão avariado, mas só vejo tormentas. Vejo meu barco afundando, envolto em trombas d’água e redemoinhos devastadores. Nesse barco está a essência do amor. E está afundando.
Digo adeus aos meus sonhos. Qual boca será capaz de me beijar com amor, sem ser daqueles beijos corriqueiros de uma festa ou de um desejo qualquer? Quem terá vontade de estar ao meu lado, como se eu fosse alguém de valor, e não como se fosse um poste em meio à rua, uma placa dizendo “rua xis”, um caminho? E quem será capaz de segurar a minha mão e passar aquele calor interno, aquele carinho, aquele afeto que tanto falta nos corações humanos? Estou carente, preciso de carinho, de afeto, de abraços de amor. Mas, por quê está tudo tão longe? Não, não vá embora assim! Eu estou aqui...
Se foi.
De que adianta chorar? Eu sei o que é amar, mas como será ser amado? E de que adianta amar e não ser amado? É dar sem receber, é sofrer sem ser valorizado. Às vezes eu me odeio, tamanha dor que meu coração sente. Aliás, me surpreendo com a resistência do meu coração. Outra pessoa já teria morrido de paixão. Mas eu não tenho direito nem a isso. Morrerei velho, cheio de dias, e só. Só como a primeira vez que eu vi. Só como a primeira vez que fui abandonado. Só como a primeira vez que fui descartado. Só como estou hoje. E assim devo ficar mesmo.
A essência do desamor é a certeza de que o amor nunca vai te abandonar, mas sempre atravessará a sua alma como uma espada afiada, lembrando que você está sozinho.
Valor? Isso você não tem. Sonhos? Por que perder tempo com coisas abstratas? Mas a mágoa sim, ela sempre te acompanhará como uma amiga, sua melhor amiga! Mas não lute contra ela; antes, aprenda a conviver com essa tristeza, e peça para Deus levá-la embora. Só Ele pode fazer isso.
Bem, aqui me despeço. Sozinho, sem amor, sem carinho. Vazio com o mais frio dos limbos. Zero absoluto em meu espírito dilacerado por tantas dores e tantas paredes que crescem no meu caminho. Mas eu sou burro mesmo, e continuarei derrubando fronteiras, mesmo sabendo que crescem duas muralhas para cada cerca que eu derrubo. Mas, assim como tenho certeza de que estou sozinho, tenho certeza de que serei feliz. Isso Deus não tirará de mim. E eu quero essa felicidade. Pena que não vou poder dividir essa felicidade com ninguém.
Por isso eu sou assim. Perdoem-me.
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