30.7.07

Poesia de 11 de Janeiro de 2007

PALAVRAS DE DECLARAÇÃO

Ainda não sou capaz de descrever o que aconteceu
O que meu coração viu em ti que não consegue descansar
De uma forma tão furtiva esse sentimento apareceu
E eu, escravo da timidez, não sou capaz de te falar

Queria muito que tu pudesses sentir minha tola sensação
E eu, enamorado por tão cativante ser, ele que se cala
Te gosto tanto que o silencio me causa forte aflição
Mas minha alma sofre pelo silencio de quem nada fala

Não sou capaz de encarar olhos tão ternos
Tremo apenas em escutar tua doce e bela voz
E eu, enclausurado em meio a medos eternos
Lanço meu amor no rio, buscando você na foz

Não sou capaz de dizer o que ocorre quando você passa
Uma vez que não temos nenhuma intimidade
Porém eu olho para trás quando teu corpo me ultrapassa
Pergunto-me se o que sinto é mesmo verdade

Percebo que muitas vezes se perde ao me observar
Com olhar atento, penetrando o meu espírito
Tanto que, quando vejo, põe-se logo a disfarçar
Confesso que eu considero isso muito bonito

Quantas vezes eu sonhei só em poder te tocar!
Mas algo no mundo não quer nossa aproximação
Às vezes tento um novo relacionamento focar
Mas para o meu coração isso não é uma solução

Contudo, tão perto e tão longe disso acontecer
Vejo que não posso nem devo tentar seguir adiante
Sem sua vontade, o correto é tentar esquecer
Amo seu sorriso, mas seu carinho é desejo distante

Por isso faço uma primeira e última declaração
De alguém que te quer mas não possui muito valor
Desde já lhe ofereço, sem sucesso, meu coração
Para que viva sabendo que és a dona do meu amor.

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