27.6.04

Vertente poética


Bem, nunca fui bom em falar as coisas (principalmente mortes), mas sempre fui cara-de-pau o suficiente pra falar. Claro, falava do modo errado, e por isso eu acabava por deixar ainda pior do que já estava (só eu mesmo...).

Porém, se tem uma coisa que (supostamente) sempre fiz bem, foi poesia. Olha que tudo começou faz tanto tempo...

Trabalho de colégio, 12 de junho de 1996 (isso mesmo, dia dos namorados). A professora de literatura pede um exercício: não um texto (que naquela época eu já escrevia), mas uma poesia sobre a data. Foi muito engraçado...

Teve gentre escrevendo "Junto com Araribóia / Abraçado com a jibóia", entre outras pérolas. Mas eu, na minha vergonha de sempre, não queria mostrar pra professora o que eu havia escrito. Por fim, diante de todas as ameaças (e olha que ela cumpria as ameaças!) que eu sofri, acabei entregando, e eis que ela, surpresa, resolve ler o meu exercício!

Estava escrito assim:

Cantiga dos Namorados


Se o amor é um parasita
Quero ser infectado
E passar a minha vida
Toda sempre ao seu lado

Se a vida é uma estrada
Eu cansava sem calor
Você deu seu ar da graça
Eu senti um grande amor

Se o amor é uma armadilha
Quero ser capturado
E passar toda minha vida
Sempre sempre ao seu lado

Se o mundo é o amor
Eu quero estar ao seu lado
Agüentando toda dor
Quero ser seu namorado!


E a vergonha ó...

Sério. Eu fiquei mais roxo que uma beterraba. Todo mundo brincando, dizendo que eu estava "me revelando", entre outras coisas.

Sabe o que foi mais engraçado depois disso? Todo mundo - eu disse todo mundo - vinha até mim, pedindo poesias pra dar a quem eles queriam "pegar"... Tudo bem, eu também já escrevi com esse intuito, mas eles queriam aprender, sabiam do sucesso que minhas poesias faziam, mas não eram capazes de fazer melhor.

Sabem, o colégio me ensinou muitas coisas boas, e me revelou muitas faces más. Ninguém é perfeito, mas a gente sempre pode se superar. Pensem bem: o que antes foi um exercício de literatura hoje é uma das minha maiores paixões. E eu não escreveria minhas poesias hoje se não fosse aquela poesia.

O impossível é aquilo que você nunca tentou.

25.6.04

Aceitando os erros


Nem sempre o que sonhamos é a nossa realidade. Existem coisas que queremos, mas sabemos que nunca teremos. Tentamos até nos iludir, mas vem o mundo e destrói esse pensamento.

Assim são as tempestades do coração. Assim são os dias de alguém que se apaixonou por alguém que não pode retribuir. Não é só pelo fato desta pessoa já ter companhia, mas também porque ela não gosta de você tanto pra chegar a esse ponto. Mas você sonha, insiste nesse sonho, e a própria pessoa trata de te pôr com os pés no chão. Despertar é duro, mas necessário.

Talvez essas sejam as palavras mais sábias para definir o que estou sentindo agora. Preciso crescrer, quero crescer, mas nem sempre o que quero é o que tenho que ter. Preciso aprender a aceitar o que me oferecem, e não correr atrás do que nunca terei.

Sobre isso, desde já tomo uma decisão: Dificilmente vou pensar em querer alguma mulher esse ano. Não é pelo fato de ter sido magoado (o que realmente não houve), mas sim por causa da minha tradicional falta de sorte com o amor. Se acontecer, aconteceu. Porém, não buscarei isso. Não fecho as portas, mas também não busco mais. Tenho vivido mais feliz quando sozinho.

Talvez tudo isso seja fruto da minha solidão. Desde que resolvi mudar, não só minha vida como meus atos, muitas coisas aconteceram. Estive mais forte, mais fraco, mais alegre, mais triste, mais tudo.

Acho que é hora de externar o motivo pelo qual eu vivo emoções tão repentinamente: Para mim, é muito fácil conhecer as pessoas. Não faço distinção, homem ou mulher, sempre será fácil. E é esse o maior motivo de eu errar quando insisto em algo. Por que eu teimo com coisas que eu sei que vão dar errado, se desde o começo eu sei que devo fazer? Sinceramente, não sei. Talvez seja o incômodo costume de fazer tudo errado. Não sei se ainda vale a pena continuar com isso.

Sempre que isso acontece eu fico perdido. Não como pessoa, mas como alma, sentimento. É, acho que finalmente chegou a hora de despertar. Deixar de acreditar em um mundo de utopias e buscar o meu. Não vou buscar o impossível. Vou apenas fazer o que sempre fiz.

Amor? Não, isso não é para mim. Deixe isso com quem conhece, com quem ama e é amado. Amor unilateral eu não quero mais. O que eu quero? Eu quero é ser feliz.

23.6.04

Conselho


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Abraços pra todos, beijos pra todas!

Destino

Destino


Destino incerto que quase muda o meu ser
Ensine-me com teus olhos a crescer
Porque hoje eu me encontro apaixonado
E é só ela que eu almejo ao meu lado
As mãos macias que eu não posso tocar
Os lábios ternos que eu não posso beijar
Me diz, destino, se eu vou suportar
Já que esse amor eu não posso nutrir
O sentimento que nasceu eu não posso sentir
Porém peço que seja tudo passageiro
Que essa paixão seja um impulso ligeiro
Cruel destino, por que faz isso com o meu coração?
Sentir teu perfume, ver teu rosto, sem esboçar reação
Estar tão perto e não poder dividir o meu carinho
Sorrir ao ver que podemos trilhar o mesmo caminho
Mas ter que parar e te ver ir embora
Que dor hoje sinto ao viver isso agora!
Por que tudo isso aconteceu, destino infinito
Se o que sinto por ela é um amor tão bonito!
Eu já cansei de não poder falar o que sinto por ela
Sou obrigado a me prender diante de alma tão bela
Hoje eu preciso dormir pra nunca mais acordar
Prefiro ser cego, já que não posso te olhar
E que eu seja pedra, assim não vou mais chorar
Não consigo, destino, suportar essa dor
Ver moça tão fantástica e não provar meu valor
Eu necessito estar com ela e sentir todo o seu calor
Pois o destino também reconhece que ela é a dona do meu amor!


Pois é...

Nós sempre culpamos o destino por tudo que fazemos. Nunca erramos, foi coisa do destino. Eu mesmo já amaldiçoei o destino inúmeras vezes, porém o caminho que percorri até hoje não me permite mais chorar por dores passadas. As lágrimas secaram.

Essa poesia vai para a minha musa inspiradora. Você sabe que escrevi isso pra você, e espero que seja do teu agrado.

Beijos pra todos!

O início de uma nova era


Bem, mais uma vez eu vou tentar montar um blog. Bem, esse blog, buizinho.blogspot.com, deve ser o bastante. Espero não esquecer esse endereço...

Um pouco de mim ficará aqui. Não é muito raro tentar, mas quem sabe eu consigo acertar...

Caramba, só pra lembrar, passei mal a beça hoje, e a minha supervisora NEM LIGOU! Pois é, isso é que é ser importante para uma empresa... Somos nada mais que parafusos: Quebra um, põe-se outro no lugar.

Tenho pensado muito no que fazer. Nem sei onde é que vou parar com esse blog, mas eu vou tentar chegar a algum lugar. Desde que não seja o fundo do poço...

Bem, está aberta a nossa casa, e que venham os comentários (hehe, muito esperançoso...) sobre ela!!!